O craque argentino Lionel Messi mostra dia após dia sua gigantesca importância para o Barcelona, tendo marcado um terço dos gols da equipe catalã nesta temporada.
Ao mesmo tempo, o melhor jogador do mundo começa a deixar relegadas em segundo plano os registros individuais de seus companheiros. Nesta reta final do Campeonato Espanhol e Liga dos Campeões, o desempenho destes ‘coadjuvantes de luxo’ são fundamentais para que o Barça aumente sua coleção de troféus.
Em diversas partidas, os catalães têm encontrado dificuldades para furar as defesas e decidir jogos em que dominam o adversário. Dependentes da magia de Messi, autor de 58 dos 157 gols de sua equipe, além de ter contribuído com 22 assistências, alguns tropeços tem preocupado a torcida.
O problema tem afetado o Barcelona, principalmente no Campeonato Espanhol. Por diversas vezes a equipe deixou de vencer jogos que encurtariam a distância para o Real Madrid. Atualmente, a diferença entre os dois é de seis pontos, faltando oito rodadas para o fim da competição.
O rival madrilenho também vive dependência da sua maior estrela, Cristiano Ronaldo. No Espanhol, o português luta gol a gol com o argentino pela artilharia da competição – 37 a 36 é o placar de gols, que aponta vantagem para o atacante do Real. No entendo, os “coadjuvantes” do clube da capital espanhola apresentam números melhores.
Na artilharia do Espanho, Higuaín tem 20 gols e é o terceiro colocado, enquanto Benzema está em quinto, com 17. No Barça, abaixo de Messi aparece o meia Xavi com 10 gols. Fabregas tem nove gols e Alexis tem oito.
No Campeonato Espanhol, somando todos os jogadores da equipe catalã, chega-se ao total de 32 gols, quatro a menos do que Messi fez sozinho. No Real, apenas a dupla Benzema-Higuaín iguala os 37 gols de Cristiano Ronaldo.
Na última temporada, a diferença de desempenho e de dependência de Barça e Real era outra. No mesmo período do ano passado, o argentino e o espanhol tinham 29 gols e seus companheiros tinham companheiros mais afiados. O trio, Villa (17), Pedro (13) e Iniesta (7) davam grande contribuição, enquanto Benzema (10) e Higuaín (7) apareciam bem atrás do português. No fim, os catalães conquistaram o título.
Responsável por um quinto das finalizações do Barcelona no Campeonato Espanhol (159 de 507 conclusões), Messi espera que seus companheiros reencontrem o caminho do gol para ajudar a equipe. Sem Villa, contundido, Pedro e Alexis são as apostas de Josep Guardiola.
Além disso, as fichas começam a recair em jovens talentos das divisões de base da equipe, como Tello e Cuenca, que são apontados como futuros companheiros de Messi no ataque.
Se não reclama da “Messidependência”, o Barcelona começa a torcer para que outros atacantes da equipe se inspirem no argentino para conquistar vitórias e trazer mais troféus para o Camp Nou.