A Inglaterra não tem grande time, não está em boa fase e não ganha um título há 48 anos, aliás a Copa do Mundo de 1966 é o seu único título de expressão em toda a história. Os inventores do futebol, porém, vão ter para sempre aquela fama de ter bom time, elenco forte e futebol que pode a qualquer hora surpreender, mesmo que seja naquela velha e manjada jogadinha de bola levantada na área.
O time treinado por Roy Hodgson (foto abaixo ao lado de Rooney) saiu invicto das Eliminatórias Europeias em um grupo relativamente difícil no qual chegou a ter a classificação a perigo. Mas a liderança foi garantida nas últimas rodadas com apresentações mais sólidas do English Team que, no meio tempo, venceu o Brasil em Wembley, em amistoso há pouco mais um ano, dia 6 de fevereiro, por 2 a 1 – e que empatou quatro meses depois por 2 a 2 em pleno Maracanã, na reestreia deste estádio após reforma.
Porém, desde a classificação ao Mundial, vieram duas derrotas em casa – para Chile e Alemanha – que colocaram mais dúvida no quadro inglês, que não conta com muitos jogadores de destaque atuando em sua liga doméstica, dominada por estrangeiros.
“Não coloque a Inglaterra de fora”, alertou Hodgson sobre os favoritos ao título, em recente entrevista concedida à BBC, que esclareceu: “Eu definitivamente não penso que somos favoritos para vencer o torneio, mas também me recuso a acreditar que estamos por fora”.
O treinador, que viajou a Manaus para conhecer a cidade na semana passada (na foto abaixo ele aparece sentado na Arena Amazônia), sabe que o clima é um dos principais rivais, mesmo que na cidade manauara a Inglaterra já tenha como rival a tetracampeã Itália, na estreia de ambos.
Viagens também deverão ser outro percalço, já que o jogo seguinte será em São Paulo, contra o Uruguai. Para fechar a primeira fase, um voo mais curto até Belo Horizonte, para pegar a Costa Rica.
Provavelmente desfalcada do atacante Theo Walcott, que ainda pode se recuperar a tempo de lesão, a lista de convocados terá nomes de respeito como Steven Gerrard, Wayne Rooney, Frank Lampard, Jack Wilshere, Gary Cahill e Ashley Cole. Portanto, é realmente importante dar ouvidos a Hodgson quando ele diz que não se pode colocar para escanteio um time com jogadores deste nível.
Os próximos desafios serão, nesta ordem, Dinamarca, Peru, Equador e Honduras. Com o eterno peso que aquela camisa com os Três Leões carrega, é esperar para ver se esta será, finalmente, a vez da Inglaterra.