<b>Virgula Esporte: Como começou sua carreira de narrador?</b>
<b>Téo José:</b> Minha carreira começou no rádio, em Goiânia, minha terra natal. Eu era um locutor de FM, mas gostava muito de automobilismo. Então fui para a Rádio Araguaia e fazia um programa sobre isso. Eram notícias curtas durante a programação. Depois passei a cobrir corridas fora do estado de Goiás, quando pintou a oportunidade de ser repórter de F-3 Sulamericana para uma TV, até que um dia o narrador faltou e acabei fazendo a narração de uma corrida. Com isso, surgiu a oportunidade no SBT e RedeTV, onde estou hoje.

<b>VE: Qual categoria você acha mais emocionante?</b>
<b>TJ:</b> Eu gosto muito do que eu estou fazendo. Acho a F-Truck, uma categoria que cresce a cada dia, como uma das mais competitivas do automobilismo brasileiro e da América do Sul. É uma tratada com um espetáculo esportivo e isso eu acho bacana. Esse ano a F-1 também está emocionante, então eu separo a F-Truck de um lado e do outro a F-1.

<b>VE: O que falta para o nosso automobilismo chegar ao nível do europeu?</b>
<b>TJ:</b> Bons promotores e bons autódromos. Hoje, temos duas excelentes categorias, como a F-Truck e a Stock Car, que tratam o automobilismo como um verdadeiro espetáculo. Mas categorias chamadas ‘escola’ estão muito atrasadas. Faltam promotores com uma visão de público e baixar os custos para os pilotos irem aparecendo. Para ser ter um esquema competitivo de kart em São Paulo durante uma temporada, são precisos mais de R$ 1 milhão, o que é muito dinheiro. Nossos autódromos também precisam de reformas, porque eles estão a quem do talento dos nossos pilotos.

<b>VE: Um caso que vem agitando o automobilismo foi a punição da BAR, com perda de pontos e a exclusão de dois GPs devido a ‘trapaça’ no carro do Jenson Button, em San Marino. O que você achou disso?</b>
<b>TJ:</b> Acho que foi uma punição rígida. Não vou dizer se é justa ou não, mas já houveram coisas parecidas no passando onde só retiraram os pontos e não excluir de duas corridas da equipe. Acredito que houve uma briga política nos bastidores. Essa punição deve ter vindo pela ameaça da BAR de recorrer à Justiça Comum. Realmente, excluir a equipe de dois GPs foi exagerada.

<b>VE: Pelo fato do Gil de Ferran, um brasileiro, ser chefe da equipe, pesou nessa ‘briga política’?</b>
<b>TJ:</b> Não, o Gil entrou agora e está cuidando da parte esportiva e não da parte técnica, onde teve o problema. Ele deve estar tão surpreso quanto as pessoas que estão fora da BAR, ele nem sabia o que estava acontecendo, só deve ter tido conhecimento depois que o fato ocorreu. Como Diretor Esportivo, ele não teve nada a ver com a história.

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Exclusivo: Téo José fala sobre o caso BAR

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