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Mais do que pelo rótulo de “país do futebol”, o Brasil é conhecido por revelar craques para os campos internacionais. Desde a década de 1990, porém, a fuga dos jogadores brasileiros para o exterior tem chamado a atenção pela precocidade com que são feitas.

É o caso do volante paulista Paulo Nagamura, de 23 anos, que, em 2001, aos 18, trocou o São Paulo pelo Arsenal, da Inglaterra. “Não me arrependo do que fiz. Isso ajudou a me desenvolver mais como jogador”, explica ele, em entrevista exclusiva ao <b>Virgula Esportes</b>.

Após três temporadas no futebol inglês, o apoiador decidiu se transferir para o Los Angeles Galaxy, dos EUA. Agora, cinco anos depois de ter saído do Brasil, ele confessa que sente falta da técnica típica do país pentacampeão, apesar de já se julgar adaptado aos EUA.

Em campo, a agressividade e a virilidade fizeram com que Paulinho fosse apelidado de Kamikase pelos companheiros de time. “Acredito que seja mesmo por isso, além da ascendência japonesa, é claro! (risos)”.

Exemplos como o dele não faltam no mundo da bola: os consagrados atacantes Adriano e Ronaldo, ambos da seleção brasileira, saíram do Brasil aos 19 e aos 17 anos de idade, respectivamente; e, mais recentemente, foi a vez dos meio-campistas Anderson e Celsinho deixarem a terra natal para jogarem na Europa, ainda aos 17 anos.

As experiências também renderam a Nagamura conselhos de astros da bola. “Aprendi muito, tanto técnica quanto taticamente, ao atuar com ídolos como Henry (atacante francês), Edu e Gilberto Silva (meias brasileiros) e Donovan (meio-campista norte-americano)”, conta.

Quanto aos títulos, ele ganhou todos os que disputou logo no ano de estréia nos EUA. “Mas é claro que novos triunfos são bem-vindos”, pondera ele, ao dizer que gostaria de jogar no Japão antes de voltar ao Brasil. “Não posso ter preferência por equipe alguma. Sou profissional”.


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Exclusivo: jovem e experiente, Nagamura brilha nos EUA

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