O piloto da Stock Car, Popó Bueno, deu uma entrevista exclusiva ao <b>Virgula Esporte</b> e contou sobre sua carreira e as expectativas sobre a temporada deste ano na categoria.

<b>Virgula Esporte: Popó, como foi o seu trajeto até a Stock Car?</b>
<b>Popó Bueno:</b> Comecei faz um tempinho. Iniciei no kart com nove anos, um ano após meu irmão, o Cacá, o primeiro da família. Começamos vendo exemplo dos amigos do meu pai (o narrador da Rede Globo, Galvão Bueno), que eram pilotos da F-1 e ídolos brasileiros. O fato do meu pai trabalhar no meio do esporte também ajudou a começar no automobilismo, que é viciante como uma droga: você começa e não para mais. O vício é pela adrenalina e velocidade. Como nós demos certo para coisa, sempre conseguindo resultados, e disputamos muitos campeonatos, então fomos além do kart. Eu saí dessa categoria e parti para as categorias de Fórmula, visando a F-1. Disputei a F-Ford, F-Chevrolet Brasileira, onde fui campeão, F-Renault Européia, na qual fiquei por dois anos e sofri um acidente e quebrei uma vértebra. Nesse período de recuperação, acompanhei o Cacá na Stock Car e gostei da categoria e ingressei nela.

<b>VE: Como foi a sua adaptação na maior categoria do automobilismo brasileiro?</b>
<b>PB:</b>Como a Stock Car é uma categoria de turismo, ela continua sendo automobilismo, mas tem suas diversas divisões para a Formula. Costumo dizer que é como o vôlei de quadra e de areia, o futebol de campo e o futsal: São do mesmo esporte, mas é preciso de uma adaptação. Guiar um Stock Car é muito diferente, você precisa frear antes, acelerar depois, o carro é mais pesado e o freio menos eficiente. Então, o jeito de guiar é diferente e você tem que se acostumar. O primeiro ano foi de adaptação, onde corri na mesma equipe que o Cacá e aprendi muito com ele. Já no ano passado, meu segundo na categoria, eu consegui resultados. Fiz pole, subi ao pódio e neste ano estamos com tudo em cima para disputar as vitórias.

<b>VE: Neste ano chegaram pilotos novos, alguns com passagem pela F-1, muitos mudaram de equipe e, com a chegada da Mitsubishi, a categoria deixou de ser monomarca. O que você acha dessas mudanças?</b>
<b>PB:</b>A entrada da Mitsubishi é muito positiva para Stock Car. Uma revista inglesa, a Autosport, comparou as categorias de turismo e a Stock Car é a quinta melhor do mundo, já dando credibilidade para nós no Brasil. Em nível de pilotos, sem dúvida, somos a primeira. Temos um nível muito forte e ainda chegaram pilotos de nome e com passagem pela F-1, como o Christian Fittipaldi e o Luciano Burti, mas eles não terão vida fácil. Todos que correm na Stock Car são rápidos e estão aqui porque merecem. Com isso somado e os bons patrocinadores, a categoria cresce e a competição deste ano vai ser muito boa.

<b>VE: Qual a sua meta para essa temporada?</b>
<b>PB:</b> Como a categoria é muito competitiva, é muito difícil prometer vitórias. Só se combinarmos com os outros 30 carros (risos). Pelo menos 20 pilotos tem condições de ganhar a primeira corrida em São Paulo (neste dia 1o. de maio). Acho que vamos ser competitivos como no ano passado, vamos entrar com carros para brigar pela vitória. Agora vai depender da minha competência e da equipe.

<b>VE: Faz algum tempo que nenhum piloto da antiga geração, os "dinossauros", ganham algum título. Já passou a época deles?</b>
<b>PB:</b> A renovação acontece em qualquer esporte. A Stock Car tinha uma outra cultura e até bem pouco tempo atrás, quatro pilotos dominavam a categoria: Ingo (Hoffmann), Chico (Serra), Xandy (Negrão) e Paulão (Gomes). Agora, com eu falei, são mais ou menos 20 na competição. Entrou muita gente boa, as equipes novas são muito competentes, algumas trazem engenheiros extrangeiros e, além disso, o chassi e o motor são iguais para todos, deixando um nível de competição altíssimo. Mesmo assim, os "dinossauros" continuam andando bem, só que não tem mais vida fácil.

<b>VE: Você corre na mesma categoria que seu irmão. Existe alguma "disputa familiar" entre vocês?</b>
<b>PB:</b> Não. No primeiro ano de Stock, o Cacá me ajudou muito. Corremos na mesma equipe e ele fez coisas que nenhum companheiro de equipe faz. Ele pegava o mapa da pista, me mostrava onde freava, onde acelerava e até alguns segredos de piloto, que não se conta para ninguém. Até hoje ele me ajuda. Quando tenho algumas dúvidas eu converso com ele, mas sempre respeitando as equipes que defendemos. Eu tenho meus patrocinadores e ele os dele, então não revelamos nenhum segredo de mecânica e do carro. Na pista, cada um tem que fazer o seu melhor.

<b>VE: Em caso de vitória, já pediu uma narração especial para o seu pai?</b>
<b>PB:</b>(Risos) Não. Meu pai narrou algumas corridas nestes últimos anos, mas não sei como vai ser a política da Globo quanto a isso. Foi positivo ele ter narrado, mas algumas pessoas foram contra. Tudo que tem um lado bom, tem um ruim também. Não sei se ele vai ser escalado, mas, para mim, não faz muita diferença.

Acha que é só isso? Aguarde o Especial dos 11 anos sem Ayrton Senna, onde ele fala sobre o piloto brasileiro.

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Exclusivo! Entrevista com Popó Bueno

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