Quem diz que mulher no volante é perigo constante, está completamente enganado. A piloto Bia Figueiredo vem dando uma aula em muitos marmanjos na F-Renault. Prova disso foi a vitória dela em Campo Grande, onde Bia largou na frente e venceu de ponta a ponta.

Então, confira uma entrevista exclusiva com ela.

<b>Virgula Esporte: Como foi sua tragetória até a F-Renault?</b>
<b>Bia Figueiredo:</b> Comecei no kart com oito anos. Tinha uma paixão por automobilismo e depois não parei mais. Fiquei até os 17, quando passei para a F-Renault, onde disputo minha terceira temporada na categoria.

<b>VE: Existe muito preconceito por você ser uma mulher em um meio dominado pelos homens?</b>
<b>BF:</b> É complicado, mas são algumas coisas que eu tenho que quebrar. É mais dificil para mim, pois não querem perder para uma mulher.

<b>VE: As ‘Marias Gasolinas’ todos sabem que existem, mas no seu caso tem os ‘Marios Gasolinas’?</b>
<b>BF:</b> Lógico que existem pessoas que se aproximam pelo o que eu faço, mas até hoje não aconteceu nada mais próximo, como relacionamentos.

<b>VE: Você tem mais dificuldades de conseguir patrocínio que os pilotos homens?</b>
<b>BF:</b> No meu caso até ajuda. Se eu fosse uma mulher que não conseguisse andar na frente, talvez prejudicasse. Não ia valer a pena me patrocinar. Como eu tenho conseguido bons resultados, passo a ser um atrativo a mais. Posso dizer que sou uma atração na F-Renault. Conhecem muito mais a Bia por ser algo diferente.

<b>VE: Quais são suas metas para esta temporada?</b>
<b>BF:</b> Quero ser campeã. Vou trabalhar bastante e não perder alguns pontos por bobeiras.

<b>VE: Você acha que a F-Renault chegará ao nível europeu, fazendo piloto sairem direto da categoria e ir para a F-1, como foi o caso do Kimi Raikkonen e Felipe Massa?</b>
<b>BF:</b> A F-Renault veio em uma iniciativa do Pedro Paulo Diniz, ex-piloto de F-1, para melhorar o automobilismo no país. Estava faltando uma categoria entre o kart e a F-3 Sul-Americana e a F-Renault evita que o piloto dê um passo muito grande para essas categorias. Vai ser difícil alguém sair direto para a F-1, mesmo com a F-Renault crescendo muito. Até porque o ‘circo’ da F-1 está na Europa. Elas acompanham tudo no velho continente, aqui ele conhecem apenas os resultados.

<b>VE: Você tem alguma coisa em tragetória traçada em sua mente para chegar até a F-1?</b>
<b>BF:</b> Eu preciso ser campeã esse ano, no máximo vice, para subir de categoria e ter um ‘nome’ para isso. Pretendo ir para a F-3 Sul-Americana ou correr na Europa, pode ser na F-Renault de lá ou a F-3 direto. Minha meta é correr na F-1, mas não descarto a idéia de correr nos EUA ou até de Turismo, pois vários pilotos, como o Schumacher, sairam de lá para a F-1.


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EXCLUSIVO! Entrevista com a piloto Bia Figueiredo