Uma das maiores revelações do esporte brasileiro nos últimos anos, a ginasta Jade Barbosa poderá ter sua carreira interrompida por uma antiga lesão em seu punho direito. Segundo o ortopedista da atleta, Ricardo Laranjeira, a situação melhorou clinicamente, mas o lado radiológico está em um estado grave.
Para avalizar melhor a situação, o médico da atleta indiciou uma outra equipe de especialistas nos Estados Unidos para um novo diagnóstico da lesão da ginasta. Com isso, Jade deverá seguir para o país norte-americano, onde deverá dar seqüência ao tratamento que já realizava desde as Olimpíadas de Pequim.
Em entrevista à “Globo”, Laranjeira afirmou que a lesão da ginasta é degenerativa e isso está causando as dores na atleta. No entanto, apesar de ter constatado o problema, o médico alerta que não existe prazo para que o punho de Jade volte ao normal, correndo o risco de não ter cura a situação.
A lesão foi contraída por Jade ainda no começo de 2008. No entanto, a gravidade do problema só foi revelada depois que a ginasta disputou os Jogos na China e teve um rendimento abaixo do esperado. Na ocasião, a atleta acusou a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) de negligenciar ao seu tratamento e de maus tratos como controlar a quantidade de água consumida.
Em uma entrevista à “Folha de S. Paulo” em setembro, Jade chegou a falar que o excesso de antiinflamatórios indicados pelo médico da CBG, Mario Namba, para diminuir suas dores nas Olimpíadas de Pequim fazia a ginasta a sofrer com vômitos. A situação também foi apontada por seu pai, que cuida da carreira da atleta.
Em contrapartida, a entidade máxima da ginástica brasileira se defendeu apontando que as reclamações não surgiram durante o período de treinamento e que a atleta teria a liberdade de deixar Curitiba, cidade em que fica localizado o ginásio em que os ginastas nacionais treinam, mas ela teria preferido permanecer. Antes dos Jogos, Namba, afirmou que Jade teria condições de competir em Pequim normalmente.
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