O chileno Harold Mayne-Nicholls, que comandou a comissão técnica da Fifa para as eleições de sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022, afirmou nesta quarta-feira (30) que não viu nenhum indício de corrupção nestas escolhas.

“Assim que se anunciou a escolha do Catar, apareceram rumores, mas eu nunca vi nada relacionado à corrupção, nem tive qualquer pressão para realizar meu trabalho”, garantiu Mayne-Nicholls, em entrevista ao jornal “La Tercera”.

Ontem, a revista francesa publicou longa matéria, na qual afirma que o Catar comprou a eleição para a sede da Copa do Mundo de 2022, acusando de corrupção dirigentes como o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira, além do presidente da Conmebol, Nicolás Leoz.

O chileno, que elaborou relatórios “exaustivos” sobre os países candidatos, garantiu que não houve ingerência e que em todos eles, conseguiu realizar seu trabalho de inspeção com total liberdade.

Ex-presidente da Associação Nacional de Futebol Profissional do Chile (ANFP), Mayne-Nicholls, completou dizendo que “era evidente que o Catar não era o país que cumpria de melhor maneira os requisitos exigidos pela Fifa”.

O chileno foi além, falando sobre os problemas catarianos. “Cumpria o solicitado, mas requeria um maior trabalho que outras candidaturas, considerando inovações tecnológicas, financeiras e logísticas”, concluiu.


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Ex-chefe de comissão da Fifa diz que não viu corrupção na escolha do Catar