O atacante Samuel Eto’o anunciou sua intenção de permanecer na seleção de Camarões após a eliminação dos ‘Leões Indomáveis’ na Copa do Mundo.

O jogador se mostrou preocupado com o futuro da equipe, e fez um apelo aos dirigentes para que façam um melhor planejamento antes de grandes competições.

“Todos temos que estar unidos neste projeto, não deveríamos deixá-lo para o último minuto, porque não seria bom para nosso povo, nem para nossa equipe, nem para nosso futebol. Estou disposto a continuar na seleção, qualquer que seja o técnico”, declarou.

Eto’o, de 29 anos, se despediu do Mundial da África do Sul com dois gols marcados, mas sem ter conseguido ajudar Camarões a marcar um ponto sequer no grupo E, que contou ainda com Holanda, Japão e Dinamarca. O resultado foi considerado uma das maiores decepções da Copa, junto com as más campanhas de Itália e França.

O atacante eximiu o técnico francês Paul Le Guen de culpa pela eliminação precoce dos camaroneses.

“Não se pode culpar esta ou aquela pessoa. Temos que pensar no futuro e não temos muito tempo para começar a construí-lo”, disse.

“Le Guen fez um bom trabalho. Sem ele, nem sequer nos teríamos classificado para a Copa. Não se deve esquecê-lo”, afirmou.

Ao contrário de Eto’o, outros jogadores responsabilizaram o treinador pelo fracasso. Mohamadou Idrissou se declarou “indignado com o técnico”, e Stéphane M’Bia especificou: “eu sou de Camarões, e aqui há gente que está mentindo para nós. Não estão aqui pelo país, e por isso agora temos que retornar para casa”.

M’Bia revelou o péssimo ambiente que havia no vestiário camaronês.

“As pessoas falam da seleção francesa, mas em nossa equipe a situação era ainda pior. É preciso fazer alguma coisa, porque algo não vai bem em nossa seleção”, disse.

Le Guen anunciou ontem que não seguirá no comando da seleção camaronesa.

“Meu contrato com Camarões está a ponto de expirar. Há muito tempo tinha planejado deixar o comando e vou mesmo deixá-lo”, garantiu, após a derrota para a Holanda por 2 a 1.


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Eto'o: "Estou disposto a continuar na seleção, qualquer que seja o técnico"