Em estudo publicado pela Folha de S. Paulo desta terça, a consultoria LCA aponta que, no tocante a organização e gastos, a Copa do Mundo de 2014 está fadada ao fracasso.
Isso porque está sendo dada importância exagerada aos aparelhos esportivos (estádios) dentro do orçamento da competição e, exatamente por isso, o legado que ficaria para a população local seria reduzido.
De acordo a LCA, grandes eventos esportivos de sucesso ao redor do planeta não, como os Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992, e a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006, gastaram cerca de 10% do orçamento nos equipamentos e tiveram bom legado para a população.
Já na Copa da África do Sul, 27,6% da verba foi investida em novos estádios, valor pouco maior do que os 25% do total de 22,7 bilhões que serão usados no Brasil.
Segundo Bráulio Borges, economista da entidade, “esse perfil de investimento” torna “muito pouco provável” que o país tenha “benefícios a longo prazo”.