O meio-campista Kaká foi convocado por Dunga para disputar os próximos amistosos da seleção brasileira. Em entrevista exclusiva ao Virgula Esportes, o meia do Milan conta que está contente em voltar a vestir a camisa verde e amarela e que acredita que Dunga fará um grande trabalho no comando da equipe.
Acho um bom nome e acredito nele. A CBF tem um staff capacitado para fazer as convocações. Todos os jogadores que foram convocados nessa nova era são muito talentosos e terão chances. Vamos ver quem aproveita a chance e se firma no grupo, disse Kaká.
Nas últimas semanas Kaká esteve envolvido em uma grande negociação entre Milan e Real Madrid. O clube espanhol insistiu inúmeras vezes em contratar o brasileiro em troca do atacante Ronaldo, mas, segundo Kaká, isso tudo é muito normal no mercado europeu.
Isso é uma negociação que acontece entre os dois clubes. Muitas vezes acontece de não consolidar o negócio. O Real, como o Milan são grandes clubes, por isso fico muito feliz pelo interesse. Teve o interesse do Real em me contratar, mas o Milan tem uma política no clube de não vender jogadores, e nem ficar com jogador insatisfeito. Como eu estou satisfeito, não teve negócio, admitiu.
Ainda sobre as negociações, logo após a Copa, Cicinho confessou que todos os jogadores têm o sonho de jogar no Real Madrid e disse também que, com Kaká, não era diferente. Todo jogador sonha em jogar em um grande clube. Milan e Real Madrid estão, sem dúvidas, estão entre os maiores, desmentiu o camisa 22 do Milan.
Após o Mundial da Alemanha, toda a culpa da eliminação da seleção brasileira caiu sob as costas dos laterais Cafu e Roberto Carlos, mas Kaká defende os companheiros e não concorda com a atitude dos torcedores brasileiros.
Acho que o julgamento que fizeram deles no Brasil foi injusto. Não podemos culpar apenas alguns. Em uma Copa apenas uma equipe vence, não foi a hora do Brasil. Todos fomos culpados. Desde 1950 o Brasil sempre procura um culpado para a derrota. Precisamos aprender a valorizar nossos ídolos e não culpá-los a cada derrota. No Brasil, pessoas como Cafu e Roberto são contestadas hoje, mas são idolatrados em todo o resto do mundo. Acho isso uma cultura prejudicial aos nossos esportistas e não acontece apenas no futebol, temos grandes vencedores em outros esportes que são contestados no Brasil também, desabafou.