Os veículos de comunicação que ignorarem a internet perderão a preferência para os concorrentes na Copa do Mundo da África do Sul, garantiu Engel Fonseca, vice-presidente de marketing e publicidade da Associação Mexicana de Internet nesta terça-feira.

“As pessoas estão muito familiarizadas com a rede. Os veículos de comunicação entenderam a vantagem de transmitir notícias em tempo real, e a importância e a popularização das redes sociais”, disse Fonseca em entrevista à Agência Efe.

O especialista reconheceu que há quatro anos, na Copa da Alemanha, a imprensa subestimou os conteúdos digitais por não visualizarem seu potencial.

“O valor que essa ferramenta tem é o que chamamos de ‘conteúdo líquido’, ou seja, a possibilidade de ver as imagens quantas vezes quiser e como quiser. Além disso, temos o fato de que muitos torcedores vão viajar à África do Sul e, de lá, publicarão seus materiais no “Facebook”, “Twitter”, “YouTube” e várias outras redes sociais que não existiam no Mundial passado ou estavam surgindo”, disse.

Para Fonseca, a revolução tecnológica é uma tendência mundial e que cresce cada vez mais.

“Até a Copa do Mundo do Brasil, em 2014, muita coisa já terá mudado. Talvez as pessoas assistam às partidas pelo celular, com mais alternativas”, explicou.

Ao se referir ao desafio que o crescimento da internet representa para a imprensa, Fonseca disse não ver qualquer perigo, por considerar a ferramenta como complementar, ao invés de concorrente.

“As próprias redes de televisão que transmitem os jogos pediram para fazê-lo também pela internet, e a imprensa assumiu a importância de incluir conteúdos digitais para enriquecer seu trabalho”, finalizou.


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Especialista diz que imprensa não pode ignorar internet na Copa