Campeã mundial e europeia, a seleção espanhola venceu neste domingo o Uruguai por 2 a 1, em jogo válido pela primeira rodada do grupo B da Copa das Confederações, confirmando seu favoritismo na competição.
O primeiro gol da Espanha foi marcado por Pedro, aos 20 minutos de jogo. O placar foi ampliado 12 minutos mais tarde, com Roberto Soldado. Sem mostrar grande força para reagir na partida, a seleção sul-americana só descontou aos 43 da etapa final, em linda cobrança de falta de Luis Suárez.
Jogadores de clubes brasileiros, Nicolás Lodeiro, do Botafogo, e Diego Forlán, do Internacional, entraram no segundo tempo e não conseguiram evitar a derrota da Celeste.
Mais uma vez, a posse de bola espanhola foi destaque nas estatísticas da partida. Os campeões do mundo ficaram 78% do tempo dominando as ações. Assim, permitiram apenas uma finalização em gol dos adversários, justamente no gol isolado dos uruguaios.
Se vale como bom sinal para os adversários, nas competições que ganhou comandada por Vicente del Bosque, a seleção europeia não venceu nas estreias. Em 2010, o primeiro jogo foi com derrota para a Suíça na Copa do Mundo. Dois anos depois, empate com a Itália em 1 a 1.
Na Copa das Confederações de 2009, na África do Sul, os comandados do experiente treinador Vicente del Bosque estrearam com goleada sobre a Nova Zelândia por 5 a 0. A ‘Fúria’ terminou na terceira colocação, eliminada nas semifinais pelos Estados Unidos.
Com a vitória, os campeões mundiais e europeus largam na frente no grupo B com três pontos. Amanhã, Nigéria e Taiti duelam no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, e completam a primeira rodada da chave e da competição.
Nas escalações, diversos mistérios foram encerrados com a entrada das seleções em campo. A Espanha veio a campo com um camisa 9 de ofício, Soldado. O atacante atuou escoltado por um poderoso setor ofensivo formado por Xavi, Iniesta, Fàbregas e Pedro. Na lateral direita, Arbeloa levou a melhor sobre Azpilicueta.
O Uruguai, por outro lado, jogou com um meio-campo mais forte, com Gargano e Diego Pérez formando a dupla de volantes. No ataque, Ramírez ficou responsável pela armação, enquanto Suárez e Cavani formaram a dupla de frente. Com isso, Diego Forlán começou a partida no banco.
Com a bola rolando, a seleção espanhola logo impôs seu tão conhecido jogo, de muito toque de bola, forte marcação na saída do adversário e com pouco espaço concedido ao adversário. Assim, foram surgindo as primeiras chances de gol, com Fàbregas acertando a trave aos 9 minutos de jogo, e com Iniesta, aos 16, que quase surpreendeu Muslera em finalização feita de dentro da área.
Não demorou e os campeões mundiais abriram o placar. Aos 20 minutos de jogo, após escanteio cobrado por Xavi, houve bate e rebate na área até que a bola sobrou para Pedro. O atacante do Barcelona encheu o pé e contou com desvio do zagueiro Lugano contra suas próprias redes para vencer o goleiro Muslera.
Com o placar aberto o jogo esquentou, e as divididas se tornaram mais duras. Aos 27 minutos, Cavani recebeu cartão amarelo por atingir Sergio Ramos em uma disputa. Depois, o zagueiro do Real Madrid foi quem fez falta em Ramírez. Os dois lances terminaram com empura-empurra entre os adversários.
No jogo, com cabeça mais fria estava o ataque espanhol, e aos 31 minutos da primeira etapa, a Fúria voltou a marcar. Após receber passe milimétrico de Fàbregas, Soldado aproveitou que a zaga uruguaia parou para reclamar de impedimento de Pedro – que não participou do lance – e finalizou com categoria para ampliar.
Não satisfeita, a seleção espanhola esteve perto do terceiro ainda aos 37, quando Xavi voltou a cobrar escanteio com precisão. Dessa vez o meia encontrou Piqué na área, que disparou com categoria, parando em ótima defesa de Muslera.
No intervalo, Oscar Tábarez fez uma mexida colocando González, homem mais de marcação, no lugar de Rodríguez. Mesmo assim, a Espanha seguiu dominando o jogo, e até levou perigo aos 3 minutos. Xavi cruzou na área procurando Pedro, que mesmo se esticando todo não conseguiu tocar na bola.
Com o Uruguai acuado, a campeã mundial voltou a assustar aos 10 minutos, quando Iniesta fez bela jogada individual e bateu rasteiro com categoria à esquerda do gol defendido por Muslera.
Antes de que fosse completado um terço da primeira etapa, o técnico uruguaio chamou Lodeiro para a última conversa antes de sua entrada em campo. Foram pelo menos cinco minutos sem a bola sair, até que o jogador do Botafogo entrasse na vaga de Gargano.
Pouco depois, Cazorla entrou em lugar de Fàbregas, e Diego Forlán veio para o campo no lugar do volante Diego Pérez. Com as mexidas, a Celeste passou a ficar mais no campo de ataque, mas sem levar grande perigo, enquanto a Espanha seguia apostando nos contra-ataques.
Antes do fim do jogo, já vendo sua equipe tocando bola, o técnico Vicente del Bosque colocou Martínez e Mata nos lugares de Xavi e Pedro.
Com ritmo lento, a Espanha acabou sofrendo gol aos 43 minutos do segundo tempo. Após falta de Sergio Ramos em Luis Suárez na intermediária, o atacante do Liverpool mostrou categoria e descontou acertando o ângulo direito de Casillas.
Ficha técnica:
Espanha: Casillas, Arbeloa, Sergio Ramos, Piqué e Alba; Busquets, Xavi (Martínez), Iniesta, Fàbregas (Cazorla) e Pedro (Mata); Soldado. Técnico: Vicente del Bosque.
Uruguai: Muslera; Maximiliano Pereira, Lugano, Godín e Cáceres; Gargano (Lodeiro), Diego Pérez (Forlán), Rodríguez (González) e Ramírez; Suárez e Cavani. Técnico: Oscar Tábarez.
Árbitro: Yuichi Nishimura (Japão), auxiliado pelos compatriotas Toru Sagara e Toshuyuki Nagi.
Gols: Pedro, Soldado (Espanha); e Suárez (Uruguai).
Cartões amarelos: Piqué, Arbeloa (Espanha); Cavani e Lugano (Uruguai)
Estádio: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata.