A seleção espanhola de futebol completou nesta quinta-feira (11) três anos da conquista do maior título de sua história, a Copa do Mundo de 2010, que coroou a geração vitoriosa do futebol do país, que venceu também as Eurocopas de 2008 e 2012, mas que passa por momento emblemático.
Todos se lembram do gol de Andrés Iniesta contra a Holanda na final daquele Mundial. Em 11 de julho de 2010, o estádio Soccer City, de Johanesburgo, foi testemunha de uma façanha inédita para a Espanha, conhecida por frustrar torcedores em grandes competições.
O gol do meia do Barcelona, no final da prorrogação, foi o auge da seleção dirigida por Vicente Del Bosque e idealizada por Luis Aragonés, campeão dois anos antes da Eurocopa, na Áustria e Suíça.
Del Bosque soube manter o elenco para conquistar a Eurocopa de 2012, com uma ótima atuação na final contra a Itália. Três anos da data memorável, no entanto, a último lembrança da seleção espanhola é a derrota na Copa das Confederações para o Brasil por 3 a 0.
Na competição, a Espanha só venceu o Uruguai entre os considerados “favoritos”. A seleção se classificou no sufoco contra a Itália nas semifinais, vencendo nos pênaltis, e foi amplamente dominada pelo time de Luiz Felipe Scolari na grande decisão.
Faltando um ano e dois dias para a final da próxima Copa do Mundo, o jogo no Maracanã deixou dúvidas quanto ao que Del Bosque poderá preparar para a próxima Copa. Alguns pensam que a melhor geração de jogadores que a Espanha já revelou tenha que passar por uma pequena renovação.
Nomes como os de Xavi, Xabi Alonso, Álvaro Arbeloa, Fernando Torres e David Villa provocam dúvidas quanto ao seu alto rendimento. Os dois primeiros por terem uma idade avançada, sofrem com a temporada desgastante que enfrentaram no Barcelona e no Real Madrid, respectivamente.
Provavelmente, Del Bosque precise buscar um lateral direito que dê mais opções ofensivas que Arbeloa. Testado na Copa das Confederações, Cezar Azpilicueta não agradou.
Outra polêmica surge quanto as opções de ataque. Villa, ídolo dos espanhóis e maior artilheiro da seleção espanhola, praticamente não atuou. O que pode ajudar o Guaje a reencontrar o bom futebol é sua ida para o Atlético de Madrid.
A posição de centroavante é um problema no esquema espanhol, já que Roberto Soldado e Álvaro Negredo não convenceram quando foram testados. Fernando Torres, por sua vez, ainda não recuperou seu bom futebol do fim da década passada.
Algumas jovens promessas, como os meias Isco e Thiago Alcântara, além do lateral Daniel Carvajal podem receber chance. Talvez seja dessa pequena renovação que venham os novos êxitos.