Os amantes do boxe já começam a ficar eufóricos. Isso porque o pugilista Acelino “Popó” Freitas está prestes a voltar a lutar em ringues internacionais. No dia 29 de abril o baiano “Mão de Pedra” enfrenta o norte-americano Zahir Raheem no Foxwoods Resort Cassino, em Connecticut, Estados Unidos. A luta vale o título mundial dos Leves pela Organização Mundial de Boxe (OMB). O título está vago e já pertenceu a Popó. O combate será transmitido em pay-per-view, no canal Premiere Combate, da Globosat.

Popó segue treinando para vitória e o <b>Vírgula Esportes</b> conseguiu uma entrevista exclusiva com o pugilista. Confira!

<b>Vírgula Esportes</b>: Qual é a expectativa para a luta contra o Zahir Raheem?

<b>Popó</b>: Como sempre a minha expectativa é de vitória. Estou com muita vontade de vencer. Estou trabalhando muito para essa luta e automaticamente esse trabalho tem que dar certo e resultar em vitória.

<b>VE</b>: Como é o seu treino?

<b>Popó</b>: Treino de segunda a sábado, só folgo no domingo. Corro de 35 a 40 minutos. Mas tem também a parte técnica que é muito importante. Faço sombra, abdominal, etc. Mas só treino até dois dias antes do combate. Minha alimentação é a normal de um atleta, com suplementos, vitaminas e sucos, mas não posso comer demais por causa do limite de peso da minha categoria.

<b>VE</b>: Como é o boxe no Brasil? Por que lá fora é muito mais valorizado do que aqui?

<b>Popó</b>: O Brasil está começando no boxe. O Sertão já é campeão mundial e as academias estão cheias de jovens talentos. Aqui o boxe está crescendo. Estou levando três brasileiros comigo para os Estados Unidos. Eles vão lutar na minha preliminar. Um é o Pinho de Jesus, outro é o Luciano “Olho de Tigre”. O terceiro é o Carlinhos “Furacão”, que tem 17 lutas, 17 vitórias, 15 por nocaute. Eu e a Boxing Brazil estamos empresariando os pugilistas.

<b>VE</b>: O pugilista Pedro Otas disse que o boxe nacional “é um circo”, referindo-se aos brasileiros que vão lutar no exterior e caem no primeiro assalto só para ganhar dinheiro.

<b>Popó</b>: Isso não torna o boxe nacional um “circo”. É verdade que isso acontece, mas eu sou lutador e sei que é difícil. O cara trabalha o mês todo e muita vezes ganha só um salário mínimo, quando vê uma oportunidade dessa de ganhar 2 ou 3 mil dólares, é claro que ele vai. Não critico esses lutadores porque sei que é difícil e não temos ajuda de ninguém no início.

<b>VE</b>: Você costuma fazer ações sociais?

<b>Popó</b>: Todos os dias. Ajudo quem precisa todos os dias, mas não gosto de ficar me gabando.

<b>VE</b> Você tem algum ídolo dentro do boxe?

<b>Popó</b> Tenho sim. Meu irmão. Luis Cláudio Freitas

<b>VE</b> E em outro esporte?

<b>Popó</b> Pelé. Meu segundo esporte é o futebol. Em São Paulo torço pelo São Paulo e aqui na Bahia sou Vitória, mas terceira divisão é complicado.


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Entrevista exclusiva com o pugilista baiano Popó