<br>Quem gosta de futebol tem que se programar para às 15:45hs do próximo domingo não ter nada para fazer. Será a hora de sentar em frente a televisão e curtir os momentos finais da Eurocopa 2008 com a inédita decisão entre a eficiente Alemanha e a encantadora Espanha.
Até o momento, ambas as equipes tiveram campanhas bem de acordo com as características que lhes atribuiram ao longo da história que construiram dentro do futebol. A Espanha jogando de forma envolvente, com toques rápidos e lances memoráveis e a Alemanha praticando o mesmíssimo "futebol eficiência" de sempre, alçando bolas na área e não tendo vergonha de ser adepta do pragmatismo em campo.
Costumeiramente chamada de "amarelona", a seleção espanhola parece ter superado o trauma de não conseguir se dar bem em fases finais de competições importantes. Por este motivo, os jogadores espanhóis já começaram a empurrar o favoritismo para a Alemanha, tricampeã mundial e sempre perigosa em decisões como a de domingo.
"Não somos favoritos. Historicamente, faz muito tempo que a Espanha não ganha nada. Além disso, eles tiveram um dia a mais de descanso", afirmou o meia Xavi, alegando que o fato da semifinal do adversário ter ocorrido na quarta-feira (a Espanha jogou na quinta-feira) pode dar a eles vantagem na recuperação física.
O clássico final desta Euro tem um tempero há mais. Um tempero brasileiro. Nas duas seleções, jogadores que nasceram no Brasil e foram naturalizados buscam o seu espaço e procuram marcar de vez os seus nomes na história da pátria que lhes acolheram. Do lado espanhol, o volante Marcos Senna, ex-Corinthians, e do lado alemão, o atacante Kevin Kuranyi, lutam para ser o primeiro brasileiro a conquistar uma Eurocopa.
"Esse é o melhor momento da minha carreira porque é uma competição de grande repercussão internacional. Todos estão vendo e tem uma importância muito grande. Por tudo isso, a final será o jogo mais importante da minha carreira. É uma oportunidade que poucos brasileiros têm e estou tendo. Espero aproveitá-la da melhor maneira possível", comentou Marcos Senna.
E como em toda decisão surgem fatos inesperados e problemas, nesta do dia 29, não será diferente. A Espanha já vai subir a campo sabendo que não poderá contar com seu maior astro, o habilidoso atacante David Villa, que se machucou na semifinal contra os russos e não reúne condições de jogo. Em seu lugar, Cesc Fabregas, com passagens por Arsenal e Real Madrid, tem a missão de comandar o setor ofensivo ao lado do talentoso Fernando Torres.
Na Alemanha, liderada pelo craque do Chelsea, Michael Ballack, a ordem é esquecer o jogo passado. Mesmo com a conquista da vaga na final, os alemães sabem que não realizaram uma boa partida contra os turcos nas semi e têm conhecimento de que precisam jogar mais para bater a Espanha no domingo. "Não jogamos bem. Superamos a Turquia na determinação, mas no futebol não dá para ser sempre assim", concluiu o meia alemão.
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