O Mundial do futebol é qualquer coisa menos uma bênção para uma parcela dos empresários sul-africanos, que temem as faltas no trabalho, o aumento da criminalidade e que os atrasos causados pelos congestionamentos possam interferir no desenvolvimento normal dos negócios.
“Uma grande parte das pessoas vai querer dias de folga durante o Mundial”, disse em comunicado Martin Humphries, diretor da organização Exucutives Global Network.
“É importante que o pessoal opte por datas que se adaptem à companhia e que esse planejamento seja feito com antecedência. Caso contrário, as companhias viverão um cenário parecido com o do Natal, porém, no meio do ano”, acrescentou.
O problema das faltas não é exclusivo da África do Sul, mas é recorrente em países sedes dos jogos mundiais.
Para evitá-lo, executivos sul-africanos e chefes de recursos humanos de diferentes empresas se reuniram para discutir como enfrentar os inconvenientes que podem ocorrer na fase final da Copa do Mundo.
Uma das soluções é a adoção de turnos menores para que os funcionários possam ir aos estádios ou assistir os jogos em casa.
Outra das preocupações é a segurança: “podem aumentar os roubos. Isto poderia ocorrer porque a Polícia estará nos hotéis e nos eventos para proteger os espectadores, jogadores e hóspedes estrangeiros”, diz o comunicado.
Um previsível aumento do trânsito durante o Mundial poderia alterar a entrega de pedidos, por isso propuseram “fazer entregas só pela tarde”.
“Viajar durante este período também pode se transformar em um pesadelo devido à problemática infraestrutura de estradas”, acrescenta Humphries, que teme que as importações em aeroportos e portos também sejam impactadas, se tornem mais lentas.
O abuso de álcool ou drogas, que às vezes acompanha às vitórias das equipes pode diminuir o rendimento dos trabalhadores e a segurança no ambiente empresarial.
“É importante que todos estes cenários planejados para mitigar todos os riscos possíveis”, diz o comunicado.
