Hugo Garcia e Ricardo Giannotti, empresários de jogadores de futebol, vieram à redação do <b>Virgula</b> e participaram de um chat com os internautas. O <b>Virgula Esporte</b> aproveitou e entrevistou os dois, que contaram os bastidores das transferências e da profissão.

<b>Virgula Esporte: Como vocês começaram neste ramo?</b>
<b>Hugo Garcia e Ricardo Giannotti:</b> Nós começamos na direção do clube Águas de Lindóia. Os jogadores revelados por essa equipe, como o Alex do São Paulo, começamos e empresariá-los.

<b>VE: Como é a abordagem ao jogador?</b>
<b>HG e RG:</b> Geralmente é por indicação de amigos ou dos olheiros. Não somos do tipo que tira de canto após o treino.

<b>VE: Então vocês tem olheiros espalhados pelo Brasil?</b>
<b>HG e RG:</b> Sim, temos olheiros no Nordeste, no Sul… mas na Bahia é que se concentra a nossa maior fonte de jogadores.

<b>VE: Existe vantagem no jogador de categorias de base que possui empresário?</b>
<b>HG e RG:</b> Depende do clube onde ele atua. Muitas vezes ele que ir para uma equipe melhor para evoluir mais seu futebol.

<b>VE: Assim que um olheiro encontra um promissor talento, o que vocês oferecem pra este jovem?</b>
<b>HG e RG:</b> Oferecemos oportunidade de entrar em algum clube e toda estrutura necessária para o atleta apenas pensar em futebol.

<b>VE: Quando vocês sabem que encontra um a "pérola"?</b>
É muito dificil destinguir uma "pérola" logo de início. Você tem que conhecer o caráter, a vontade e alguns outros requisitos e investir e aguardar.

<b>VE: Quais qualidades profissionais define um jovem como um talento promissor?</b>
<b>HG e RG:</b> Quando um jogador é jovem, os fundamentos são muito importantes. Mas a humildade e a vontade de estar sempre aprendendo faz um craque.

<b>VE: Empresáriar esses jovens tem um custo muito alto? Quando trazem um garoto por exemplo da Bahia quem fica responsável por ele qui em São Paulo?</b>
<b>HG e RG:</b> Relativamente sim, depende de quantos atletas você tem. Quando trazemos jogadores de outros estados ficam sobre nossa responsabilidade até assinar com algum clube.

<b>VE: Por que o empresário é sempre visto como o vilão do meio desportivo?</b>
<b>HG e RG:</b> Historicamente, alguns empresários prejudicaram a vida de alguns atletas e, como o lado ruim da história sempre aparece mais, então fica na memória as coisas ruins do lado empresárial. Mas nós vamos tentar mudar essa imagem.

<b>VE: Como é o relacionamento de vocês com os dirigentes de clubes?</b>
<b>HG e RG:</b> É tranqüilo. Não tivemos maiores problemas com nenhum.</b>

<b>O que vocês acharam da negociação do Robinho?</b>
<b>HG e RG:</b>Não conhecemos os termos contratuais da parceria entre o Robinho e o Santos, mas não concordamos com o Robinho ter faltado nos treinos. Poderia haver mais conversa entre ambas as partes.

<b>VE: O que vocês acharam deste programa "Joga 10". É uma boa para quem quer atuar ou uma jogada de marketing?</b>
<b>HG e RG</b> Basicamente, é mais um programa de marketing, mas como o Brasil é um celeiro de jogadores, nada impede de aparecer um craque.

<b>VE: Tem como ficar rico sendo empresário de jogador?</b>
<b>HG e RG</b> Trabalhando com o que você gosta e com qualidade, você pode ficar rico em qualquer profissão.

<b>VE: A Lei Pelé beneficiou a vida dos empresários?</b>
<b>HG e RG</b> Na realidade, ela deu mais liberdade ao jogador e organizou um pouco os negocios do futebol.

<b>VE: Existe muita ‘panela’ neste meio?</b>
<b>HG e RG</b> Tem em todos os setores do futebol</b>

<b>VE: O empresário é amigo ou vilão dos clubes?</b>
<b>HG e RG</b> O empresário pode trabalhar para o clube ou para o jogador. Em qualquer uma das situações você vai defender para quem você trabalha.


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Empresários contam os bastidores do futebol