Invicto há 34 jogos e com seis títulos conquistados em 2011, o sérvio Novak Djokovic assumiu no começo do ano o segundo lugar do ranking mundial e aos poucos vem se aproximando de sua principal meta atual: ultrapassar o espanhol Rafael Nadal e assumir o topo da lista.
“Estou jogando o melhor tênis da minha vida”, disse Djokovic em entrevista coletiva no Foro Itálico, onde vem sendo disputado o Masters 1000 de Roma, competição na qual o sérvio estreará na segunda rodada, contra o polonês Lukasz Kubot.
Antigo freguês de Nadal, para quem já havia perdido cinco finais consecutivas, o sérvio quebrou o tabu no começo da temporada, quando levou a melhor em Indian Wells e, no último domingo, conseguiu a primeira vitória contra o espanhol no saibro, na decisão do Masters 1000 de Madri e reduziu a diferença na lista da ATP para menos de 2 mil pontos.
“Contra Nadal, é sempre muito difícil jogar, sobretudo na superfície no saibro, onde ele joga seu melhor tênis. Achei que vencê-lo nesse piso fosse uma missão impossível, mas fiz minha melhor partida do ano e uma das melhores da minha vida”, comentou.
No entanto, na opinião do tenista número dois do mundo, o jogo em Madri era a grande oportunidade para derrotar Nadal, já que o adversário jogava com toda a torcida a seu favor, o que pode ter deixado-o pressionado.
“Se há algum lugar onde temos chances contra Rafa no saibro, é provavelmente em Madri, pelas condições”, acrescentou Djokovic, que além dos troféus de Madri e Indian Wells, faturou em 2011 também os do Aberto da Austrália e de Dubai, Miami e Belgrado.
Além disso, o Masters 1000 de Roma, uma das últimas antes de Roland Garros, tem importância especial pela briga pelo topo do ranking, já que Nadal é o atual campeão, enquanto o sérvio caiu nas quartas de final em 2010, e por isso defende menos pontos.
“Em toda a minha vida, sonhei me tornar o melhor do mundo algum dia, e agora isso está perto, mas ainda tenho que trabalhar muito para chegar lá”, revelou.
Invicto desde os dois últimos jogos da final da Copa Davis, em que a Sérvia derrotou a França, ‘Djoko’, de 23 anos, atribuiu a melhora no desempenho a uma maior concentração e amadurecimento, tanto no plano pessoal quanto no esportivo.
“Identifico meu sucesso com a maturidade que tenho agora como pessoa e como jogador. Tudo se juntou após um período de vários anos de aprendizagem, de ter adquirido experiência, de ter tido paciência e de ter trabalhado duro”, analisou.