Bicampeão de F-1 e duas vezes vencedor das 500 milhas de Indianápolis, a mais tradicional prova do automobilismo mundial, o brasileiro Emerson Fittipaldi não pilotava um carro de competição há quase nove anos. Neste último domingo, ele conduziu por 11 voltas o carro com o qual seu sobrinho Christian Fittipaldi correrá as 24 Horas de Daytona, no dia 6 de fevereiro.

Há apenas dois anos de entrar no clube dos sexagenários, o campeão não descarta a possibilidade de disputar a prova, ao lado do sobrinho e do seu ex-companheiro de equipe na F-Indy, o canadense Paul Tracy.

Em agosto de 1996, Emerson sofreu o mais grave acidente de sua carreira. Na segunda volta das 500 milhas de Michigan, a Forsythe do piloto canadense Greg Moore tocou a parte traseira de sua Hogan-Penske, atirando o brasileiro ao muro do circuito oval norte-americano a quase 300km/h. Com a sétima vértebra esmagada, uma lesão no pulmão esquerdo, inchaço na bexiga, duas costelas e o ombro esquerdo quebrados, o piloto finalmente resolveu encerrar sua vitoriosa carreira, aos 49 anos de idade.

Greg Moore, que à época foi crucificado como culpado pelo acidente, só encontrou no brasileiro Gil de Ferran uma voz em sua defesa. "Estão querendo arrumar um culpado. Ninguém deve ser condenado por uma coisa que pode acontecer com qualquer um", disse Gil. Três anos depois, Moore perdeu o controle de seu carro durante as 500 milhas de Fontana, bateu a 368km/h contra o muro de proteção e, com apenas 24 anos de idade, veio a falecer.


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Emerson Fittipaldi pode voltar às pistas

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