<br>O volante brasileiro Emerson vive inferno astral no Real Madrid. Enquanto Robinho é aplaudido de pé pela torcida merengue, o volante sofre com as freqüentes vaias que recebe ao longo das partidas que seu time faz em casa. Para Émerson, os torcedores estão lhe faltando com o respeito, e sendo precoces em seu comportamento, já que mal conhecem o atleta.

Em entrevista concedida ao jornal espanhol “El Pais”, o jogador se mostrou magoado e disse estar sendo perseguido pela torcida:

“Jamais havia passado por algo parecido. Sou uma pessoa que sempre foi respeitada pela minha forma de trabalhar. Aqui não tem havido este respeito. Mas está bem, foi uma decisão minha de assinar contrato com o Real Madrid e não vou me queixar”, declarou.

Segundo Emerson, as críticas vêm porque a torcida madrilenha está acostumada ao jogo ofensivo, e suas características são de filosofia mais defensiva, estilo de jogo defendido pelo atual treinador, Fábio Capello.

“Aqui, eles querem muitos Robinhos, muitas jogadas bonitas. Mas uma equipe não é só isso e o Brasil demonstrou na Copa. Não se ganha somente com jogadores ofensivos, é preciso haver equilíbrio”, destacou.

Um amostra da revolta do volante pôde ser vista na partida contra o Celta, quando resolveu não comemorar o gol que marcou. Ele pede mais paciência, e diz que antes de se atirar à frente, é preciso seguir as orientações do treinador:

“Todos gostam de fazer gols e dar o último passe, mas chega um ponto em que você se sente importante mesmo que não tenha feito esse tipo de coisa. O torcedor tem todo o direito de vaiar quando acaba a partida porque pagou seu ingresso. Mas, se começa a vaiar aos 15 minutos de jogo, não ajuda o time. Eu tenho muita experiência, mas se fizessem o mesmo com um jogador de 18 ou 20 anos, teriam o arruinado”, finalizou.


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Emerson desabafa em Madrid: “Não estou sendo respeitado”

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