Passados pouco mais de dois meses da fatídica partida na qual Luis Suárez mordeu Giorgio Chiellini, no jogo entre Uruguai e Itália pela Copa do Mundo, o ex-companheiro de Liverpool do atacante, Steven Gerrard, deu uma entrevista acusadora à emissora Sky Sports neste domingo (31). O meia inglês coloca a intempestiva ação de Suárez como pensada, mas mais precisamente com o intuito de conseguir uma forma mais fácil de deixar os Reds.
Gerrard conversou com o também ex-companheiro de vestiários, o ex-zagueiro Jamie Carragher, que agora é colunista do Daily Mail, e acusou o então melhor jogador do Liverpool de cavar sua saída com o lance da mordida, já que dificilmente o clube o venderia.
“Pensei que ele fosse ficar, que teríamos mais um ano com ele”, disse.
O lance aconteceu durante a vitória do Uruguai, e aquele resultado desclassificava a Inglaterra de Gerrard. O capitão dos Reds relatou que, assistindo àquela partida, já imaginou que Suárez usaria o controverso lance em favor próprio.
“Eu já estava arrasado quando vi a mordida (foto abaixo), porque sabia que a Inglaterra estava sendo eliminada. Foi uma tristeza dupla, já que eu sabia que estava fora da Copa do Mundo e que iria perder o melhor jogador do meu time”, completou.
O artilheiro uruguaio já havia sofrendo há algumas temporadas o assédio de clubes como Arsenal e Real Madrid, e quase saiu antes do início da temporada 2013/2014.
Como Suárez já tinha um passado ruim, com outras duas mordidas no currículo, Gerrard relatou que aquela repetição não deveria mais ser tolerada pela direção do clube, como realmente acabou não sendo.
“Eu sabia que não tinha volta para ele e que ele ia dar um jeito de sair”, finalizou.
Luis Suárez chegou ao Barcelona logo após a Copa do Mundo, sendo que os catalães pagaram € 81 milhões, ou R$ 244,7 milhões.
