Mais uma vez, provada a eficiência dos nossos arqui-rivais em decisões por cobrança de pênaltis. Os argentinos se deram bem duas vezes em partidas importantes, só no último mês. A primeira vítima foi a equipe do São Paulo: perdeu do River Plate fora de casa (3 a 1), venceu no Morumbi no tempo regulamentar (2 a 0), mas não resistiu e levou a pior nas cobranças de penalidades máximas (4 a 2). No último domingo, foi a vez do Boca Juniors, dirigido pelo competente Carlos Bianchi, garantir a vitória em cima do poderoso Milan, da Itália. Depois de um empate por 1 a 1 durante os noventa minutos, venceu nos pênaltis (3 a 1), com atuação perfeita do goleiro Abbodanzieri. Nesse caso, nem mesmo o gigante Dida, consagrado por ser especialista em defesa de pênaltis, foi capaz de parar os nossos hermanos. Até o craque Seedorf, que joga com as cores do Milan ao lado dos brasileiros Kaká e Cafu, decepcionou os torcedores italianos e chutou para fora. Além de competência, os argentinos mostraram que têm sorte. Com a vitória, o técnico do Boca fez história – é o treinador com mais títulos intercontinentais, são três na carreira. Ele venceu pela primeira vez à frente do Vélez, em 1994, e com o próprio Boca Juniors, em 2001. É fato que temos o melhor futebol do mundo, porém, rivalidade à parte, verdade é que precisamos de um pouco mais de treino… Não apenas de chutes a gol, mas de um fator fundamental: frieza para manter o equilíbrio nos momentos decisivos. E isso, cá entre nós, os rivais vencem por goleada.

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Eficiência argentina