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Convocado para a lista “renovada” de Dunga, o volante Elano, do Shakhtar, da Ucrânia, acredita no novo treinador da seleção brasileira. Toda a experiência e liderança, marcas de sua carreira, colocam o capitão do tetra como um exemplo para os novos convocados. “Acho que, se ele foi escolhido, tem capacidade para isso. Acredito que ele pode fazer um grande trabalho, pela liderança que sempre exerceu e por conhecer muito bem o ambiente de Seleção”, disse o ex-santista em entrevista exclusiva ao <b>Virgula Esportes</b>.

Elano esteve presente no Pré-olímpico, no Chile, junto com Robinho, Alex, Gomes, Daniel Carvalho, Maicon e Dudu Cearense, também convocados, e acredita que a eliminação da competição, ao perder para o Paraguai, trouxe uma experiência a mais. “A maior lição que tiramos do Pré-olímpico é que temos que ter muita seriedade para não cometer os erros que cometemos naquela oportunidade”.

Sempre confiante, o jogador não esperava a convocação e respeita a atitude de Dunga em deixar os chamados “medalhões” de fora dos amistosos. “Não posso dizer que eu esperava, mas sempre tive a confiança de que um dia poderia voltar à seleção. Sobre quem não foi convocado, acho que isso é uma decisão do técnico e tem que ser respeitada”. “O Dunga escolheu os jogadores que considera os melhores para a seleção nesse momento. Por isso é justo”.

A delegação já chegou em Oslo, na Noruega, onde o Brasil faz seu primeiro amistoso com a seleção da casa. Depois da Noruega, nesta quarta-feira, o Brasil pega a arqui-rival Argentina (3 de setembro), o País de Gales (5 de setembro) e a seleção do Kuait (7 de outubro).

Dunga confessou que a prova de fogo dessa nova seleção será mesmo contra os argentinos, mas Elano discordou. “Para mim todos os jogos pela seleção serão uma prova de fogo, começando por esse contra a Noruega. Eu considero Brasil e Argentina o maior clássico do futebol mundial e é um jogo diferente, que todo jogador tem vontade de participar. Acho
que será um bom teste para a seleção”.

Elano nem se arriscou a opinar sobre o time que Dunga vai escalar para começar a partida contra a Noruega. “Deixo essa resposta para o treinador”, brincou o bicampeão brasileiro de 2002 e de 2004 com o Santos.

No Shakhtar há quase dois anos e mais uma vez convocado para a seleção brasileira, Elano não esconde a vontade de ir para um grande clube europeu. “Nunca escondi que tenho vontade de me transferir para um grande centro da Europa, de preferência para um clube que dispute os principais títulos e tenha mais visibilidade. Mas tenho que respeitar o Shakhtar, que tem uma estrutura fantástica, e sempre me ofereceu todo o suporte para mostrar meu trabalho. Sobre voltar ao Brasil, também seria uma possibilidade, mas o que dificulta hoje é a parte financeira”.

Com contrato com o clube ucraniano até 2009, o meia fica no Shakhtar “a não ser que apareça uma proposta boa para mim e para o clube”, comentou.
Muitos jogadores, quando saem do Brasil, têm dificuldades na adaptação, não só no futebol, mas com a comida e com o clima. Com Elano não foi diferente. “A adaptação não foi fácil. No começo sofri muito tendo que treinar com – 20ºC no meio da neve, mas depois você se acostuma. Sobre a comida é tranqüilo, pois aqui temos comida de todo tipo: italiana, japonesa, francesa e consigo até umas carnes argentinas para fazer um churrasco. O futebol é muito diferente do que estamos acostumados, é mais duro, com mais pegada. Mas acho que isso é bom para você conhecer outro estilo e aprender”.

Com transmissão da Rede Globo, ao vivo, o Brasil pega a Noruega nesta quarta-feira, em amistoso, em Oslo, às 15h20 (horário de Brasília).


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'Dunga foi o escolhido porque tem capacidade', diz Elano

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