A primeira colocada foi a etíope Yimer Wude, que levou o título da prova de rua paulistana pela segunda vez para seu país. Apesar da forte tradição dos países africanos na corrida, a única vencedora vinda da Etiópia havia sido Derart Tulu, em 1994. Ela superou a tanzaniana, Sara Ramadhani que disparou na frente no início na prova, e completou a volta antes do primeiro colocado no masculino, o queniano James Kipsang. Logo depois, vieram as brasileiras Fabiana Cristina Silva em segundo e Marily dos Santos.
Sem nenhum atleta do país no pódio, o destaque brasileiro foi a despedida de Vanderlei Cordeiro de Lima, que completou a prova sob forte aplauso e comemorando com o gesto do aviãozinho, apesar da forte emoção e de ser parado várias vezes no percurso para ser cumprimentado. Curiosamente, ele ganhou notoriedade justamente ao ser parado, mas de modo bem mais abrupto: nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, liderava a maratona, quando foi atacado por um padre e acabou ficando em terceiro colocado. Apesar de ser sua última prova como profissional, Lima declarou que pretende correr a São Silvestre muitas outras vezes ainda.
O Brasil até saiu na frente com Gladson Barbosa, que liderou a prova até o final da Rua da Consolação, quando foi ultrapassado pelo queniano Evans Cheruyot , que, por sua vez, foi ultrapassado pelo compatriota James Kipsang e terminou em segundo lugar. Kipsang manteve a liderança e chegou a ficar 100 metros atrás de Wude, vencedora da prova feminina. O pódio dos homens foi completado por Mutai Koech, também do Quênia, em terceiro. O triunfo de Kipsang faz do Quênia o país com mais vitórias na competição: 11, contra 10 de brasileiros.
Uma das esperanças brasileiras de vitória, o maratonista mineiro Frank Caldeira, que venceu em 2006, repetiu 2007 e abandonou a prova, desta vez antes do décimo quilômetro dos quinze que totalizam o trajeto.
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