Parece que, finalmente, a novela da parceria entre o fundo de investimentos Media Sports Investment (MSI) e o Corinthians chegou ao fim. E com final feliz.
"A parceria está fechada. O Kia (Joorabchian) concordou com as modificações. Agora só falta convocar o Conselho para comunicar a boa notícia", declarou Alberto Dualib, presidente do clube. O contrato é de dez anos e garante aos investidores o direito de renová-lo por mais dez.
Aparentemente, o MSI aceitou as quatro principais imposições do Timão para firmar o acordo. Agora, será criado o Corinthians Licenciamentos, em vez de uma Sociedade Anônima. Nesses moldes, os investidores estrangeiros, que tanto queriam o anonimato, deverão ser citados nominalmente. Ou seja: se o magnata russo Boris Berezovsky estiver por trás dos empresários, seu nome deve aparecer.
A segunda imposição era que o dinheiro entrasse no Brasil através do Banco Central pelo sistema "Know Your Client" (conheça seu cliente), para evitar lavagem de dinheiro. O MSI também será obrigado a escolher entre uma das cinco instituições indicadas pelo Corinthians (Credit Suisse, Citibank, Barclays, JP Morgan-Chase Manhattan ou HSBC) para dar a garantia bancária. Por fim, qualquer problema judicial deverá ser resolvido entre as partes no foro da comarca de São Paulo.
30 milhões de dólares serão depositados imediatamente nos cofres do clube para saldar dívidas e 18 milhões irão para o Boca Juniors, pela compra do atacante Carlos Tévez. Pelos próximos 10 anos, o Timão deve receber, ainda, 200 mil dólares mensais como ajuda de custo. A MSI terá direito a 80% do dinheiro arrecadado pelo departamento de futebol do clube.