Não há razões para que o Uruguai seja punido pela Fifa e fique de fora da Copa do Mundo, afirmou nesta terça-feira (01) à Agência Efe o advogado Aníbal de Olivera, que até esta segunda era secretário-geral da Associação Uruguaia de Futebol (AUF).
Na opinião de Aníbal, não há fundamento nas especulações da imprensa local, que foram divulgadas no exterior, de uma possível suspensão da entidade à Celeste devido à intervenção do governo do país no futebol.
O Conselho Executivo da AUF, que era presidido por Sebastián Bauzá, apresentou sua renúncia em plenário na segunda-feira (31) por conta do conflito surgido pela violência nos estádios que levou o presidente José Mujica a retirar a Polícia dos dois principais estádios do país.
“Os fatos de pública notoriedade ocorridos nos últimos tempos demonstram a necessidade de dar um passo atrás e permitir que outras visões políticas outorguem governabilidade ao futebol”, afirmou a direção da AUF em sua carta de demissão.
“Não acho que a decisão do governo uruguaio de intervir em um tema que preocupa toda a sociedade, como é a violência no futebol, pode entrar no conceito de intervenção levado em conta pela Fifa para possíveis punições”, opinou hoje o ex-secretário-geral.