<br>Imagine a cena. Maracanã lotado, torcida do Flamengo vibrante, a equipe correspondendo em campo. O atacante rubro-negro, ídolo das arquibancadas, domina a bola no peito, bate de primeira e estufa as redes adversárias. Em coro, todos os presentes gritam: "Ôôô, Manuel de Brito é melhor que Eto’o". Estranho, não?!
Pois é, mas poderia ser corriqueiro. Só não é porquê, em algum momento da vida de Obina, alguém resolveu avisá-lo que seu nome de registro não combinava com os gramados. E o pior é que existem atletas que não tiveram a sorte de Manuel de Brito, ou melhor, de Obina. Eles não foram alertados quanto aos seus nomes, que feios ou não, continuam fazendo parte do nosso dia-a-dia do futebol e, às vezes, só não sabemos…
Veja o caso de Ricardo Lucas, o "artilheiro dos gols de placa". Soa bem? Talvez para quem esteja acostumado a chamar desta forma o atacante Dodô, do Fluminense, possa parecer estranho. Mas acredite em duas coisas: assim como Dodô, tantos outros optaram por modificar seus nomes de atletas profissionais, e assim como o jogador do Flu, muitos deles nos poupam de cada idéia maluca que seus respectivos pais tiveram.
Pense bem então você, por exemplo, torcedor palmeirense. A discussão agora é a atual dupla de zaga do Verdão. Lembrando que eles estão sendo avaliados apenas por uma questão de nomes, sem utilizarmos qualquer referência a técnica de cada jogador. Mas veja bem. Se a mãe de Gladstone tivesse um pouco mais de bom senso, não teria escolhido este nome para seu filho.
Mas já que essa foi sua (infeliz) opção, porque é que alguém não teve a brilhante iniciativa de sugerir uma mudança para (que tal?), somente, Glad? Pelo menos os pais de Jéci, companheiro de Gladstone, pouparam o trabalho de alguém abreviar o nome do defensor. Desde sempre, o pequenino Jecimauro já tinha o seu apelido. Deviam ser amigos dos pais do goleiro Doni (Doniéber).
O Palmeiras, inclusive, está se tornando um clube perito em contar com jogadores de nomes estranhos. Estranhos, para não dizer feios. Mas falar o quê, de Maicossuel? Faltam palavras. Assim como elas se perdem também para comentar casos como o de Réver, do Grêmio, Keirrison, do Coritiba e, porquê não, do polivalente Richarlyson, do São Paulo. Meio colorido demais, não?
E não é de hoje que os nomes feios aparecem nas identidades dos jogadores de futebol. Como esquecer de Capitão, ex -Lusa e São Paulo? Na tentativa de sofisticar o batismo de seu filho, os pais do ex-volante decidiram homenageá-lo com o nome da capital mundial do cinema, Hollywood. O resultado foi uma das maiores coincidências da história: o nome Oleúde (sim, Oleúde!) e a pouca beleza de Capitão eram extremamente proporcionais. Um mais terrível do que o outro.
Mas o campeão mesmo é o atacante Brandão. Anos atrás, quando ainda era destaque no São Caetano, o artilheiro, atualmente no futebol ucraniano, foi um pouco mais esperto. Adotou seu sobrenome, ao invés de ter que usar seu primeiro nome: Evaéverson. O pior é que na Ucrânia os clubes possuem a tradição de traduzir o nome dos atletas que aparece estampado na camisa. Como terá ficado Evaéverson na linguagem do Leste europeu?
Essa história toda de nome de jogadores quer dizer mais do que você imagina. O meia Roger, por exemplo. Seduzido pelas cifras milionárias do futebol do Oriente Médio, ele nem está mais no Grêmio, equipe pela qual iniciou o Brasileirão. Conhecido pela fama de "chinelinho" e por conquistar as beldades mais belas da televisão brasileira, o nome inteiro de registro do jogador é Roger Galera Flores. O cara atesta no próprio RG que é "da galera" e depois não sabem porque concentrações e seriedade na profissão não são seus pontos fortes.
Contudo, o mais impressionante caso de nomes, que também encontra-se no Tricolor Gaúcho, é o do meio-campista Rudnei. Dentre todos os nomes citados, Rudnei não entraria nem na lista dos dez mais horríveis. Sabem como é. Acostumamos a ouvir tanta coisa estranha, que Rudnei já nem soa tão mal. O que acontece é que o nome oficial do volante é José Antônio da Silva Júnior.
Tem pai que é cego e sem noção. Mas perdoem-me. Tem filho que é burro. E por opção.
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