Eurocopa 2012 em fotos


Créditos: efe

Oito anos depois de ter surpreendido o mundo ao vencer Portugal na final da Eurocopa em pleno Estádio da Luz, em Lisboa, a Grécia voltou a se classificar para as quartas de final do torneio continental neste sábado, novamente no papel de zebra, ao derrotar a então líder do grupo A, a Rússia, por 1 a 0.

Com um empate e uma derrota na Euro-2012 até agora, os gregos entraram em campo no Estádio Nacional de Varsóvia desacreditados e como francoatiradores, mas levaram a melhor com um gol de Karagounis.

Ciente da grave crise econômica de seu país, o autor do gol salvador havia dito durante a semana que uma vitória seria importante para levar um pouco de alegria à população.

A Grécia foi a segunda colocada da chave, com quatro pontos, atrás apenas da República Tcheca, que somou seis. A equipe do técnico Fernando Santos levou a melhor sobre a Rússia no confronto direto, primeiro critério de desempate. Uma das anfitriãs, a Polônia ficou em último lugar, com dois pontos.
Nas quartas, a campeã de 2004 enfrentará o primeiro colocado do grupo B, que será definido neste domingo. A Alemanha é quem tem mais chances de ser a líder, mas Dinamarca e Portugal correm por fora.

Apesar das várias críticas ao atacante Kerzhakov, o técnico da Rússia, o holandês Dick Advocaat mexeu apenas no meio-campo, sacando Zyranov e colocando Glushakov em seu lugar. Na Grécia, Fernando Santos apostou em um esquema ainda mais ofensivo que o de costume e fez três mudanças em relação à derrota para a República Tcheca, na segunda rodada.

A aposta pelo ataque fez os gregos se fazerem mais presentes no campo adversário nos primeiros minutos. Logo aos cinco minutos, Karagounis cobrou escanteio, Katsouranis arrematou de primeira e Malafeev fez bela e importante defesa.

A resposta russa aconteceu aos 12 minutos, quando Kerzhakov mostrou que, além de tudo, anda sem sorte. O camisa 11 bateu do bico da área buscando o ângulo esquerdo, mas errou o alvo por pouco. Um minuto depois, contudo, Malafeev quase foi enganado pelo quique da bola, mas se recuperou.

A agitação do começo foi sendo contida aos poucos, e a Grécia, que pressionava, agora se via obrigada a se fechar no campo de defesa. A Rússia passou a atacar mais, mas cometia muitos erros. Como aconteceu aos 37 minutos, quando Kerzhakov foi acionado na área pela direita e furou feio.

A essa altura, os russos já tinham dado 13 chutes a gol, contra apenas dois do adversário. Mas foram os gregos que fizeram 1 a 0, aos 46 minutos. Após cobrança rápida de escanteio, Karagounis partiu livre, entrou na área e encheu o pé, por baixo de Malafeev.

Com Pavlyuchenko na vaga de Kerzhakov, a equipe de Dick Advocaat “acampava” no campo de ataque, mas chutava pouco. Denisov então arriscou da meia-lua, aos 12 minutos, e tirou tinta da trave esquerda.

Os gregos marcavam bem, com oito ou até nove homens dentro da área ou um pouco à frente. E, de quebra, ainda assustavam quando saíam para o contra-ataque. Aos 24, Tzavellas cobrou falta da meia direita e carimbou a trave.

A Rússia tinha o controle das ações, mas já mostrava muito desespero e tropeçava no próprio nervosismo. Ainda houve um último lance de perigo, aos 38, mas centímetros separaram a equipe da classificação. Arshavin levantou da direita, Dzagoev cabeceou com estilo, buscando o canto, mas a bola raspou a trave direita e foi para fora.

Ficha técnica:

Grécia: Sifakis; Torossidis, Papastathopoulos, Kyriakos Papadopoulos e Tzavellas; Katsouranis, Maniatis e Karagounis (Makos); Salpingidis (Ninis), Samaras e Gekas (Holebas). Técnico: Fernando Santos.

Rússia: Malafeev; Anyukov (Pogrebnyak), Ignashevich, Aleksei Berezutski e Zhirkov; Shirokov, Denisov e Glushakov (Pogrebnyak); Dzagoev, Arshavin e Kerzhakov (Pavlyuchenko). Técnico: Dick Advocaat.

Arbitragem: Jonas Eriksson (Suécia), auxiliado por seus compatriotas Stefan Wittberg e Mathias Klasenius.

Cartões amarelos: Karagounis e Holebas (Grécia); Anyukov, Zhirkov, Dzagoev e Pogrebnyak (Rússia).

Gol: Karagounis (Grécia).

Estádio: Estádio Nacional de Varsóvia, em Varsóvia (Polônia).


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