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Por enquanto, no Planeta Futebol, um ano nada típico. Todos davam a Copa de 2006 como um hexacampeonato do Brasil, os times cariocas brigando por uma vaga na Libertadores e sendo campeões da Copa do Brasil, a seleção brasileira de cara nova com o ex-volante Dunga no comando. Tudo, no mínimo estranho. E no Brasileirão não é diferente. O que aconteceu com os atacantes? No ano passado, o campeonato nacional já dava indícios da decadência e da escassez de legítimos artilheiros, já que o veterano Romário foi o matador com 22 gols. Mas nesse Brasileirão, a grande sensação são os volantes e defensores, principalmente o gigante Mineiro, do São Paulo, que é considerado por muitos críticos esportivos, o melhor jogador desse ano.
Um portal de internet está com o Prêmio Craque do Brasileirão no ar e os três primeiros colocados não são atacantes. Na liderança da pesquisa, o volante Renato, do Flamengo, que não faz gols decisivos, mas balança as redes em partidas decisivas. Em segundo lugar, um artilheiro bastante conhecido da torcida do São Paulo, o goleiro Rogério Ceni, mais uma sensação do Nacional. Na terceira colocação, mais um volante, o jovem Lucas, do Grêmio. Mineiro segue na sexta colocação. E tudo isso no ano de Dunga, o novo técnico da seleção e ex-volante.
Além disso, o torneio do ano, a Copa do Mundo, também foi marcada pelo desempenho dos zagueiros. Dos três jogadores mais comentados no Mundial da Alemanha, dois deles são zagueiros. O francês Zidane também foi uma das sensações da Copa, mas o zagueiro italiano Cannavaro e o encrenqueiro Materazzi foram os destaques do torneio.
Materazzi por ter se envolvido na confusão com Zidane e o capitão da Azzurra Cannavaro por ser eleito o melhor jogador da Copa do Mundo.
O fato é que o Brasil está carente de ídolos no futebol, porque nos outros esportes o verde e amarelo está com tudo. Giba e companhia no vôlei, o piloto Felipe Massa na F-1. No futebol brasileiro, o único jogador ofensivo que vem enchendo os olhos dos fanáticos chama-se Kaká, que já não está mais no Brasil. Definitivamente foi o ano dos defensores.
