Em entrevista concedida ao jornal português “A Bola”, o brasileiro naturalizado português Deco garantiu que não se arrepende de ter trocado o Brasil por Portugal e que poderia ter jogado pela seleção canarinho, pois há jogadores que já vestiram a camisa amarela e “não fizeram metade” do que fez em sua carreira.
“Com a minha carreira, a coisa mais normal seria ter jogado pelo Brasil. Há jogadores que não fizeram metade que já vestiram aquela camisa. Jogar na seleção brasileira seria a coisa mais fácil e natural para quem ganhou tudo no Porto, foi titular indiscutível no Barcelona durante quatro anos e joga num dos principais clubes do mundo. A minha carreira fala por mim”, afirmou o meia.
“Aliás, quando me decidi por Portugal, em 2003, o Brasil não tinha jogadores com as minhas características”, completou.
Deco também falou sobre a partida contra o Brasil pelo grupo G da Copa do Mundo deste ano, na África do Sul, e disse que será “um jogo especial”.
“Claro que é um jogo diferente de todos os outros, mas evidentemente que quero vencer. Quis jogar por Portugal e vou defender a camisa até ao fim. Quando tomei essa decisão, sabia que estes jogos poderiam acontecer. E, se marcar (um gol), nenhum brasileiro poderá ver isso como uma traição à nação onde nasci”, afirmou.
Além disso, Deco falou que vai fazer “um grande Mundial” com Portugal porque estará “100% em termos físicos”.
O jogador do Chelsea declarou que quer “ajudar Portugal a chegar longe” na Copa e disse que a seleção portuguesa “pode ganhar da Espanha, da Argentina ou do Brasil”.
“Com os jogadores que temos, sinceramente, não vejo ninguém superior. Talvez a Espanha tenha mais soluções, mas não há outra seleção superior à nossa”, disse.
O meia garantiu que o Mundial deste ano será sua “última grande competição a sério” e opinou que a seleção de Portugal “precisa de um novo projeto”.
Ao comentar a possibilidade de jogar em clube brasileiro na próxima temporada, o meio-campo do Chelsea disse que poderá fazê-lo “por razões pessoais, mas para integrar um bom projeto”, já que quer jogar por mais “dois ou três anos, embora a decisão ainda não tenha sido tomada”.
