Amigos são-paulinos, muita calma nesta hora! É certo que nem o torcedor mais pessimista poderia imaginar que o Tricolor teria seu sonho destruído por uma equipe de tão insignificante expressão no futebol sul-americano, porém, a vida continua.

Aliás, sem querer desmerecer, mas… Quem era Once Caldas até a Libertadores deste ano? Confesso que, mesmo sendo uma profissional ligada ao futebol, jamais tinha ouvido falar.

O time colombiano parou o Santos, que acabara de trocar de técnico e passara por uma remota crise. Não deu tempo de Luxemburgo organizar seus craques (sim, porque tem sob sua direção o melhor elenco do país, atualmente). Talvez essa seja a justificativa dos mais fanáticos.

Mas o que houve com o São Paulo? Muitos reclamam que o meio campo não presta, que o time deixa a desejar. No entanto, veja até onde chegaram. Mais longe que o próprio Santos.

Embalada, inclusive com a ótima campanha no campeonato nacional, a equipe paulista tinha tudo para chegar à final. Não à toa foi o último representante brasileiro eliminado da competição.

Perder para o Once Caldas foi conseqüência. Na verdade, o São Paulo perdeu primeiro para a emoção. Sofreu com a pressão da torcida e dos próprios jogadores, que pareciam não enxergar outro resultado senão a vitória. Neste caso, o erro Tricolor foi o excesso de vontade. Claro, tem que jogar para vencer, porém, sem esquecer que do outro lado tem mais onze (ou once, como diríamos em castelhano) atletas com o mesmo objetivo e que merecem respeito.

O inferno começou no Morumbi, quando o time comandado por Cuca não teve a capacidade de quebrar o esquema retranqueiro dos colombianos. E terminou em Manizales, sem pontaria para chutar ao gol e com uma defesa extremamente falha.

Mas será que o inferno Tricolor realmente terminou? O abalo psicológico dos atletas ainda atrapalha. Tanto é verdade, que perderam, ontem, do então lanterna do Brasileirão, o Paysandu. Eram nítidos a decepção e o desânimo dos são-paulinos em campo.

E para os torcedores que insistem em responsabilizar apenas Luis Fabiano e Rogério Ceni pela derrota, cuidado. Não esqueçam o episódio Kaká, que foi perseguido por uma organizada do clube e virou príncipe no Milan. Não custa exercitar a inteligência de vez em quando. E se tem algum pipoqueiro aqui são esses torcedores ignorantes.

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De volta ao inferno em 180 minutos

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