A cada dia que passa, o treinador Luiz Felipe Scolari parece ficar mais perto de deixar o Palmeiras. Nesta sexta-feira (2) ele até mesmo sugeriu que a multa recisória – item citado como principal restrição a uma eventual saída do clube, fosse zerada a fim de deixar as partes livres para fazerem o que quiserem do futuro.
O principal problema são os bastidores do clube, sempre movimentados. Isso tudo, associado a um protesto isolado, mas incômodo, com uma faixa “Fora Felipão” do lado de fora do Centro de Treinamentos, faz com que a paciência de Scolari esteja no limite: “é dose, precisa ter saco para aturar todo dia a mesma bobagem escrita. Alguém passando algo. E pior que eu sei quem faz isso. Já estou de saco cheio. Por isso que digo: amanhã, zero o Palmeiras me paga, vou embora. Zero pago ao Palmeiras, vou embora. Mas quero isso no papel”, sugeriu.
As pressões internas questionam de tudo, desde suas atitudes em campo até mesmo seu salário, considerado muito alto em relação aos resultados em campo. Ele sabe de tudo isso já que, se por um lado o “fritam”, de outro há quem o informe do movimento paralelo.
“Chega um determinado momento que você oferece ao clube a rescisão da minha multa, para o clube ficar à vontade. Um técnico que não está à vontade, pra que vai ficar no clube? Nesse momento, é a mesma coisa que posso fazer com o Palmeiras. Falo que estão livre amanhã, desde que eu esteja livre também”, afirmou o treinador, relembrando que tomou atitude similar na passagem anterior, mas cumpriu o contrato até o fim. Em tempo: hoje, a multa está em cerca de R$ 2,8 milhões.