<br>
Mano Menezes trocou o Grêmio pelo Corinthians. Geninho deixou o Sport para treinar o Atlético-MG. Caio Júnior se despediu do Palmeiras e acertou com o Goiás. A dança dos técnicos neste final de ano está surpreendendo até os próprios treinadores.
"A realidade é uma só: as pessoas que comandam o futebol não têm paciência. Querem resultados imediatos, mas nem em qualquer empresa é assim", diz o técnico Dorival Júnior, que foi demitido do Cruzeiro após classificar o time para a Libertadores. "Daqui a pouco técnico vai ter contrato por semana", brinca Dorival.
O técnico Mário Sérgio, que neste ano dirigiu o Figueirense e o Botafogo, discorda. "A paciência dos dirigentes, de uns tempos pra cá, aumentou. Se os técnicos trocaram de clube, é porque houve algum motivo", opina o treinador, que está sem clube. "Até o final do ano não vou pensar nisso. Ano que vem é que pode ter novidades. E eu só vou se for um bom projeto, organizado, com pessoas competentes. Não vou aceitar qualquer coisa", garante.
A lista de treinadores desempregados é grande: Nelsinho Baptista, Zetti, Carlos Alberto Torres, Valdir Espinosa… O técnico Leão, que deixou o Atlético-MG nesta semana, considera normal essa troca de técnicos.
"É um processo natural", diz ele. "O que acontece é o seguinte: muitos técnicos, hoje em dia, assinam contratos até o final de um campeonato. Quando um time vai disputar os estaduais, como é o caso agora, os clubes querem abaixar o salário. Aí, os treinadores buscam outras propostas", revela Leão.
Mário Sérgio acha que "um dos fatores é que o número de opções aumentou". Leão concorda, mas alfineta. "O número de supostos treinadores ajuda pra que isso esteja ocorrendo", diz ele, que negou qualquer possibilidade de acertar com o Palmeiras. "Estou de férias até janeiro. Não há nada com o Palmeiras", finalizou.
<b>Leia também:</b>
<a target=_blank href=http://www.virgula.me/esporte/novo/nota.php?ID=22430>Sistema de pontos corridos esfriou o Brasileirão?</a>
