Após três anos com a melhor média de público do Campeonato Brasileiro, o Corinthians foi ultrapassado pelo campeão Cruzeiro, que contabilizou 28.911 torcedores por jogo. Além do título nacional em 2013, o clube mineiro ainda ficou em primeiro lugar no mesmo quesito de pagantes nas 38 rodadas disputadas na competição este ano, levando 4.470 a mais que o time paulista por jogo.
Líder de público em 2010, 2011 (quando foi campeão) e no ano passado, mesmo tendo focado Libertadores e Mundial de Clubes, o Corinthians registrou nesta temporada uma média de 24.441 torcedores por jogo, sua pior média desde 2009, quando tratou a Copa do Brasil como pioridade e levou 20.320 por partida. Da oportunidade, o alvinegro de Parque São Jorge foi superado por Flamengo (40.035), Atlético-MG (38.761), São Paulo (26.305), Fluminense (22.042) e Cruzeiro (21.973). Lembrando que em 2013, por conta de confusões criadas por seus torcedores, o Corinthians foi punido pelo STJD e teve que disputar quatro partidas longe do Pacaembu*.
Já o Cruzeiro, que este ano contou com a volta do agora reformado estádio do Mineirão, aproveitou o bom momento vivido pelo time para voltar encabeçar a lista de público do Brasileirão, o que aconteceu em uma oportunidade: em 2003, quando o clube registrou uma média de 26.366 torcedores por partida. E assim como o Corinthians, a Raposa também teve que atuar longe de sua casa. Durante o Brasileirão de 2013, foram duas partidas Arena do Jacaré, uma no Independência e uma no Parque do Sabiá.
As decepções ficaram por conta de Grêmio e Atlético-PR. Vice-campeão brasileiro e com sua nova arena com capacidade para 60 mil espectadores já em funcionamento, o tricolor gaúcho ficou com a quinta melhor média, não chegando a 20 mil torcedores por jogo e quase sendo ultrapassado pelo Bahia, que brigou para não ser rebaixado. Enquanto que o Furacão, dono da terceira melhor campanha de 2013 e com uma vaga garantida para a fase de grupos da Libertadores do ano que vem, tem a quarta pior média da competição, com apenas 8.772 pagantes por partida.
Flamengo e São Paulo, que não brigaram por nada no Brasileirão de 2013, sendo que o primeiro faturou a Copa do Brasil e o segundo fez promoção de ingressos para atrair um maior número de torcedores em jogos, se juntam a Cruzeiro, Corinthians e Grêmio no top 5 das melhores médias. Já Internacional, Ponte Preta e Portuguesa, com 7.234, 6.414 e 4.850 torcedores por jogo, respectivamente, se unem ao Furacão como os detentores dos piores números deste ano.
Dono do maior público do Brasileirão, o Santos, que registrou 63.501 pagantes na despedida de Neymar, no Mané Garrincha, no dia 26 de maio, ficou apenas com a 15ª melhor média da competição. Mesmo mudando diversas vezes de estádio em 2013, o time da baixada não conseguiu melhorar seu público e amargou assim as últimas posições.
Veja abaixo a média de público dos 20 times do Brasileirão após as 38 rodadas:
Cruzeiro: 28.911
Corinthians: 24.441
Flamengo: 23.385
São Paulo: 23.115
Grêmio: 19.764
Bahia: 18.449
Fluminense: 17.637
Vasco: 17.618
Vitória: 14.780
Coritiba: 14.651
Botafogo: 12.685
Goiás: 12.680
Criciúma: 11.548
Atlético-MG: 11.436
Santos: 10.405
Náutico: 10.369
Atlético-PR: 8.772
Internacional: 7.234
Ponte Preta: 6.414
Portuguesa: 4.850
*Partidas disputadas pelo Corinthians fora do Pacaembu – Corinthians 1 x 0 Fluminense (Araraquara) Corinthians 1 x 1 Santos (Araraquara) Corinthians 0 x 0 Atlético-PR (Mogi Mirim) Corinthians 2 x 0 Bahia (Mogi Mirim).
**Jogos que o São Paulo fez promoção de ingressos: São Paulo 1 x 1 Atlético-PR; São Paulo 2 x 1 Fluminense; São Paulo 1 x 2 Criciúma; São Paulo 1 x 0 Ponte Preta; São Paulo 1 x 0 Atlético-MG; São Paulo 0 x 1 Grêmio; São Paulo 3 x 2 Vitória; São Paulo 0 x 0 Corinthians; São Paulo 3 x 0 Náutico; São Paulo 2 x 1 Portuguesa; São Paulo 2 x 0 Flamengo; São Paulo 1 x 1 Botafogo;
***Todos os dados apresentados acima foram colhidos através dos bordêros disponibilizados pela CBF ao fim das partidas e em seu site oficial
****Os números utilizados são de torcedores pagantes, já que a CBF não disponibiliza os números das pessoas que entraram com gratuidade.