<br>
O confronto Brasil e Uruguai, que acontece nesta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi, vai muito além de um duelo entre dois gigantes da América do Sul. Como a rivalidade entre os dois países no futebol não vem de hoje, convocamos alguns ex-jogadores para falar sobre o que é estar em campo contra os uruguaios e também para que eles contem o que esperam da partida de hoje à noite.
Clodoaldo, campeão mundial em 1970, não esquece da vitória em cima dos uruguaios naquela Copa do Mundo. Essa partida marcou muito, porque tinha aquela derrota da Copa de 50 e o time deles usou muito isso durante o torneio, conta o ex-volante, que fez um dos gols da vitória por 3 a 1. No primeiro tempo, nos deixamos levar pelas provocações. Mas depois que eu empatei, aos 45 do primeiro tempo, o jogo ficou favorável ao Brasil, lembra.
Ex-jogador, Clodoaldo agora ataca de analista. Gosta de assistir aos jogos da seleção atual com um caderninho na mão. Ali, anota cada informação que considere importante, como número de passes errados ou chutes a gol de algum jogador.
Apesar de reconhecer que o adversário da equipe do técnico Dunga é chato, o ex-santista acredita na seleção brasileira. Aquele futebol mais duro, mais viril que eles tinham, não existe mais, afirma.
Para chegar à vitória, segundo Clodoaldo, a seleção precisa mudar. Dunga precisa ousar mais, acreditar mais nos jogadores. O Ronaldinho Gaúcho não pode ficar o jogo todo se limitando a bater escanteio e falta, como foi contra o Peru, diz ele.
O ex-lateral direito Carlos Alberto Torres concorda que a seleção está devendo, mas defende o trabalho do técnico Dunga. A gente tem que ver que o time está se ajustando, não podemos querer que a seleção vença toda hora, diz o capitão do Tri. Segundo ele, hoje a rivalidade entre Brasil e Uruguai é maior. Antes, nos enfrentávamos pouco, não havia Copa América ou torneio sul-americano.
O Brasil soma 5 pontos nas Eliminatórias para a Copa de 2010, contra 4 do Uruguai. A equipe de Kaká, Ronaldinho Gaúcho e Robinho precisa vencer para se aproximar da Argentina, que após a derrota de ontem para a Colômbia, por 2 a 1, se manteve com 9 pontos.
