Em nota oficial, o Corinthians anunciou uma mudança substancial em seu distintivo: a retirada das cinco estrelas representando os quatro títulos brasileiros e o Mundial de Clubes.
A ideia, que já vinha sendo maturada desde o ano passado, partiu do Departamento de Marketing e já havia sido testada, em parte, na camisa especial do centenário, que as colocou na parte traseira da camisa.
A partir de agora, o escudo ficará maior e o clube também evitará prejuizos financeiros em caso de novos títulos. Por exemplo: caso o clube seja pentacampeão brasileiro este ano, os uniformes com quatro estrelas ficariam “encalhados” nas lojas. Além disso, há a justificativa histórica: títulos considerados importantes para a história do clube, como o Paulista de 1977 não tiveram tal láurea.
A mudança, por sinal, não fere o estatuto do clube e não precisa passar pelo conselho. No documento, são citadas as especificações e a importância do escudo, mas nada é dito sobre as estrelas. Desta feita, a autorização dada por Andrés Sanchez foi suficiente para sua retirada.
A equipe ainda deve usar, neste final de semana, a camisa com as estrelas, que já estão ausentes no uniforme da Comissão Técnica. A medida em que as vestimentas forem repostas, o novo layout estará presente.
Veja a (poética) nota oficial, na íntegra:
Mudança no símbolo do Corinthians
“A história do Corinthians é grandiosa. Marcada por infinitas glórias.
As conquistas são muitas. Heróicas. Épicas.
Uma visita ao Memorial do clube dá bem a noção do quão vencedor é o Corinthians. Vale a pena!
E cada Corinthiano tem a sua conquista preferida. Algum título em especial é mais marcante na vida de cada fiel. Todos têm a sua “vitória de estimação”.
Há o Corinthiano que se recorda com carinho de determinado título porque foi o primeiro a assistir no estádio. Para alguns, marcante foi aquela primeira conquista comemorada ao lado do filho. Ou a última na companhia do saudoso pai.
Há aqueles, mais vividos, que se emocionam ao lembrar do título do 4º Centenário.
Para muitos, nada superará o grandioso título de 1977.
E o que dizer dos títulos de 1982 e 1983 conquistados quando o Corinthians dava exemplo de democracia para o Brasil?
Inesquecíveis, também, são os títulos da Copa do Brasil, buscados em terras distantes.
Enfim, títulos é o que não falta. Preferências também não.
Nenhum desses acima citados, porém, estão representados na nossa camisa, como se tivessem sido preteridos.
Não há como o clube eleger os principais. Não há principais. Não há estrelas que brilhem mais do que as outras.
E não há dúvidas de que essa história centenária continuará no caminho das conquistas, anexando novas “vitórias de estimação” aos Corinthianos.
Mas se título cada um tem o seu preferido, o emblema é único.
É o belíssimo desenho de Rebolo que une todos os Corinthianos em torno de uma única paixão.
É o escudo que nos protege dos adversários. É o distintivo que nos distingue dos outros.
A camisa continuará com o escudo na altura do coração. Agora, até maior.
E do lado de dentro, no coração de cada um, continuará a brilhar a estrela preferida.”