<br>Em meio as celebrações de 30 anos da primeira conquista da Copa do Mundo pela Argentina, em 1978, os próprios argentinos parecem estar receosos em comemorar. Nestas últimas semanas, muitas denúncias colocando em dúvida o resultado final daquele mundial ressurgiram e a suposta manipulação que teria consagrado a seleção argentina campeã, deixa o povo local, no mínimo, com vergonha de celebrar a marca de três décadas.
Até jogadores que participaram daquela campanha evitam dissertar muito sobre o assunto. Um deles, o volante Osvaldo Ardiles, afirmou que irá devolver sua medalha se a manipulação para a Argentina ser campeã for confirmada. A afirmação do ex-atleta coincide com o lançamento de uma série de livros e documentários, todos eles, contando alguma passagem que recoloca em dúvida o título argentino da Copa de 78.
Suspeitas de doping no elenco, subornos, censura na imprensa que via os fatos ocorrerem e nada podiam relatar e uma possível influência da ditadura argentina da época. Estes são apenas alguns dos temas abordados que estão colocando os "nossos hermanos" em dúvida na hora de celebrar, ou não, os 30 anos da conquista.
Em contrapartida, os torcedores mais apaixonados e outros atletas daquele grupo campeão de três décadas atrás estão divulgando materiais saudosistas, que visam rememorar o inédito triunfo em uma Copa do Mundo, relembrando jogadas, jogadores que foram destaque e o esquema tático audacioso que superou a Holanda na finalíssima. Até uma marcha pelas vítimas da ditadura na época está sendo organizada, afim de que as especulações sobre a idoneidade do título se dispersem.
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