A contratação do atacante Neymar custará pelo Barcelona custará ao clube catalão € 132,2 milhões (R$ 433,4 milhões) em cinco anos, somando-se a transferência e o salário do jogador, segundo os números publicados nesta sexta-feira (24) pelo clube catalão.
O novo presidente do Barça, Josep Maria Bartomeu, insistiu que o custo da transferência é de € 57,1 milhões. No entanto, os números da operação divulgados pela própria agremiação espanhola confirmam que o acordo prevê muitos outros gastos que não haviam sido detalhados até agora e que aumentam o montante consideravelmente.
Bartomeu começou sua primeira entrevista coletiva como presidente do Barcelona anunciando que, por meio do executivo responsável pela área de futebol, Raúl Sanllehí, o clube finalmente detalharia o custo total da “operação Neymar”.
“Tornamos essas informações públicas porque o pai do jogador nos autorizou a suspender a confidencialidade dos contratos ao considerar que é injusto o que está acontecendo”, esclareceu o dirigente.
Segundo os números de Sanllehí, a transferência do jovem craque custou € 57,1 milhões, 17,1 milhões para o Santos e 40 para a empresa N&N, de propriedade do pai de Neymar. Além disso, haverá um bônus de € 2 milhões que o Barça pagará ao peixe caso o atacante esteja entre os três finalistas do prêmio Bola de Ouro.
A esses € 57,1 milhões, é preciso somar € 14,4 milhões fruto de vários acordos de parceria: € 7,9 milhões por percentagem dos direitos de algumas promessas do Santos, € 4 milhões para a N&R, outra empresa de propriedade do pai do atleta, que tem de forma exclusiva os direitos de imagem do jogador, € 2,5 milhões para a Fundação Neymar e outros € 2 milhões para a N&N pela busca de jovens talentos no Brasil.
Sanllehí também citou o salário de Neymar, que receberá € 56,7 milhões brutos repartidos em cinco anos, à razão de € 11,34 milhões por temporada. Os € 56,7 milhões se distribuem em € 10 milhões para o atacante como prêmio de contratação, € 44 milhões em conceito de salário do jogador e € 2,7 milhões que irão para o pai do camisa 11 na condição de representante do filho.
“Perdemos Di Stéfano nos despachos, mas com Neymar foi diferente. Havia outro grande clube europeu disposto a pagar muito mais para o jogador, que, entretanto, só queria jogar no Barça”, disse Bartomeu que negou a confirmar que o concorrente foi o Real Madrid.