Pela sexta vez em 14 anos, o Palmeiras foi ao Paraguai para uma partida da Taça Libertadores e voltou sem a vitória, desta vez a equipe foi derrotada pelo Libertad, por 2 a 0, no Estádio Nicolás Leoz, em Assunção, pela segunda rodada do grupo 2 da competição.

Com o resultado, e a vitória do Sporting Cristal sobre o Tigre, também por 2 a 0, o Alviverde retorna ao Brasil na terceira colocação de sua chave, com três pontos ganhos. O Libertad lidera com seis, seguido do time peruano, que tem três pontos a menos. Na lanterna está o time argentino, zerado na tabela.

Os gols da vitória da equipe paraguaia na partida de hoje foram anotados por Pablo Velázquez, aos 9 minutos do primeiro tempo, e por Pedro Benítez, aos 9 da etapa complementar.

A última vez que o Palmeiras conquistou uma vitória no Paraguai, em competição oficial, foi em 3 de março de 1999. Nesse dia, a equipe bateu o Cerro Porteño por 5 a 2 pela primeira fase da Libertadores. Desde então, contando com o jogo de hoje, são quatro empates e duas derrotas.

O time paulista entrou em campo escalado com o meia Souza, que era dúvida por causa de um edema na coxa direita. Com ele em campo, Valdivia sobrou no onze inicial, ficando a armação a cargo de Wesley e Patrick Vieira. Já o Libertad apresentou a mesma escalação da estreia, quando a equipe venceu o Tigre por 2 a 0, na Argentina.

Quando a bola rolou, o ritmo das duas equipes era frenético. Logo aos 4 minutos, Vinícius serviu Souza, Mencía tentou cortar e quase marcou contra, obrigando Muñoz a salvar a bola que ia em direção ao gol.

A partir daí, o time da casa passou a dominar a partida, sempre com muita velocidade, usando bolas longas nas costas da defesa alviverde. Aos 5, Henrique e Fernando Prass quase se enrolaram, mas conseguiram impedir a primeira chegada do Libertad. Quatro minutos depois, Núñez recebeu na área, tocou para as redes, mas impedido, teve o gol anulado.

A pressão do time paraguaio deu resultado ainda aos 9 minutos, quando Núñez recebeu na direita ofensiva de sua equipe, disparou e cruzou na medida para Velázquez, que tocou de cabeça para as redes, abrindo o placar do confronto, marcando pela primeira vez na competição.

Depois de tomar o gol, o Palmeiras passou a sair mais para o jogo, mas sem conseguir levar grande perigo. O Libertad, por sua vez, se postou mais defensivamente, abusando dos contra-ataques, sempre puxados por Núñez, mas também com pouca efetividade.

Pela terceira vez na partida, aos 30 minutos, os donos da casa balançaram as redes, só que novamente o gol foi anulado. Em escanteio cobrando da direita, Nuñez tocou de letra e Velázquez, cheio de estilo, finalizou de calcanhar, mas a arbitragem marcou impedimento.
Aos 33 minutos de jogo, o polêmico meia palmeirense Valdívia recebeu cartão amarelo mesmo estando no banco de reservas. O chileno reclamou muito com o árbitro venezuelano Juan Soto e por isso acabou advertido.

Nos minutos finais, o time brasileiro tentou pressionar. Na grande chance que teve, aos 45 minutos, Souza fez belo lançamento, Wesley bateu de primeira, mas Muñoz fez a defesa, antes de a bola ainda explodir na trave direita do time paraguaio.
Na volta para a etapa final, Gílson Kleina lançou Valdívia no lugar de Maurício Ramos. Com isso, Vílson foi deslocado para a zaga, sua posição de origem, e o time passou a ter um articulador de ofício. Além disso, Kleber, mesmo tendo afirmado que só poderia atuar por 20 minutos, entrou no lugar de Patrick Vieira.

Mesmo mais ofensivo, o Palmeiras seguiu muito pressionado. Tanto é que, aos 9 minutos do segundo tempo, o Libertad aproveitou a ausência do zagueiro Henrique, que estava fora do campo por atendimento médico, e Benítez completou de cabeça cobrança de falta feita por Samudio e ampliou para o time da casa.

Obrigado a pressionar para tentar buscar o empate, aos 18 minutos, o time paulista fez sua última substituição, com Maikon Leite, outro jogador que se recuperou recentemente de lesão, no lugar de Souza, em clara intenção de colocar mais velocidade no jogo.

E a primeira chance do Palmeiras descontar veio justamente com o atacante que entrara pouco antes. Aos 27, Henrique recebeu na área, ajeitou de calcanhar para Maikon Leite, que finalizou fraco, para a defesa de Muñoz.

Dois minutos depois, por pouco o Libertad não deu o golpe de misericórdia no Palmeiras. Mais uma vez Nuñez deu o passe, agora para Samudio, que invadiu a área, bateu firme, obrigando Fernando Prass a fazer grande defesa.

Aos 31 minutos do segundo tempo, o palmeirense deve ter ficado aliviado, com a saída de Nuñez, que deu lugar ao também atacante Guevgeozián. Antes, o técnico Rubén Israel já havia colocado Vargas no lugar de Mendieta e González em substituição a Samudio.

Sem muita organização, o Palmeiras tentou se lançar ao ataque, com direito a bicicleta furada de Kleber. O time chegou a levar perigo, no entanto, aos 41, com um cruzamento errado de Weldinho, que bateu no travessão. Pouco para o time paulista, mas o suficiente para o Libertad segurar o 2 a 0 e vencer segunda na Libertadores.

Ficha técnica:

Libertad: Rodrigo Muñoz; Jorge Moreira, Pedro Benítez, Ismael Benegas e Gustavo Mencia; Willian Mendieta (Claudio Vargas), Sergio Aquino, Pablo Guiñazú e Miguel Samudio (Jorge González); José Ariel Núñez e Pablo Velázquez (Mauro Guevgeozián). Técnico: Rubén Israel.

Palmeiras: Fernando Prass; Weldinho, Maurício Ramos (Valdívia), Henrique e Marcelo Oliveira; Vílson, Márcio Araújo, Souza (Maikon Leite), Wesley e Patrick Vieira (Kleber); Vinícius. Técnico: Gílson Kleina.

Árbitro: Juan Soto (Venezuela), auxiliado pelos seus compatriotas Jorge Urrego e Carlos López.

Gols: Velázquez e Benítez (Libertad).

Cartões amarelos: Maurício Ramos, Valdívia, Henrique, Weldinho e Vinícius (Palmeiras).

Estádio: Nicolás Leoz, em Assunção (Paraguai).


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Contra o Libertad, Palmeiras joga mal e perde a primeira na Libertadores