Os seguidos destemperos de Luiz Felipe Scolari, treinador do Palmeiras com a imprensa já fizeram uma vítima: ele mesmo.

Temendo uma reação ainda mais negativa da imprensa, a diretoria do Palmeiras aconselhou o treinador a dar uma aliviada. A ideia é que a poeira abaixe e a paz entre as partes volte depois dos fatos do último sábado, em que parte dos jornalistas usou narizes de palhaço na chegada do time ao estádio como protesto pelo fato ocorrido dias antes, em que Felipão chamou um jornalista de “palhaço”. Como resposta, o técnico não concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre o Goiás por 3 a 2, em Barueri.

Wlademir Pescarmona, diretor de futebol, confirmou a informação, afirmando que a diretoria decidiu que seria “importante ele dar uma recolhida, se acalmar” e “deixar a coisa esfriar”. Ou seja: nada de entrevistas nos próximos dias e a confirmação de que a “Lei da Mordaça” que ele implantou aos atletas assim que chegou, os proibindo de dar entrevistas, também se aplicará a ele próprio.

A medida, contudo, deve ser breve: “logo ele volta a falar. As coisas vão se ajeitar, essa situação é ruim para todos”, reconheceu o diretor. Enquanto isso, vale o press-release, velho recurso que é usado como forma de se “pasteurizar” a informação para deleite da assessoria de imprensa do clube. Ou, como se diria antigamente, uma comunicação “chapa-branca”.

“Já falamos com ele, sabemos que foi um momento ruim, todos têm seu dia de pá virada. Vamos acalmá-lo, isso não vai se repetir, nem vamos levar isso adiante”, afirmou Pescarmona, colocando um ponto final na história.


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Contra destemperos, Palmeiras "silencia" Felipão

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