ratando a conquista do hexacampeonato como uma “obrigação”, Luiz Felipe Scolari foi anunciado oficialmente nesta quinta-feira como o novo técnico da seleção brasileira, que terá como coordenador outro treinador campeão mundial: Carlos Alberto Parreira.
Os dois foram apresentados pelo presidente da CBF, José Maria Marín, em um hotel na zona sul do Rio de Janeiro. Eles substituem, respectivamente, Mano Menezes e o ex-diretor de seleções da confederação, Andrés Sanchez.
Sem temer a responsabilidade de voltar a um cargo que já ocupou entre 2001 e 2002 e no qual foi um dos responsáveis pela conquista do penta, Felipão classificou a missão de levar o Brasil ao título em casa, daqui a dois anos, como uma “obrigação”.
“Temos a obrigação, sim, de ganhar o título. Não somos favoritos no momento, mas pretendemos ser à medida que o trabalho vai sendo feito. Se estamos organizando uma Copa do Mundo e somos um país que tem cinco títulos mundiais, não podemos entrar em nossa Copa pensando em vice-campeonato, em terceiro ou quarto lugar”, afirmou o técnico.
Parreira seguiu na mesma linha, e disse esperar mudar a forma como a seleção é encarada no cenário mundial.
“O objetivo é um só. Não passa pela nossa cabeça que não vamos ganhar. Hoje não somos favoritos, mas com certeza daqui um ano seremos uma seleção vitoriosa”, declarou.
Tanto Scolari como Parreira afirmaram que pretendem criar um “ambiente de união” entre a seleção e a população brasileira, para que a equipe “se sinta em casa, amparada”.
Na coletiva, José Maria Marín elogiou outros treinadores brasileiros, como Tite, Vanderlei Luxemburgo, Abel Braga e Muricy Ramalho, que, segundo ele teriam condições de assumir o comando da seleção. O dirigente também enfatizou que, embora tenha sido muito especulada a possibilidade de contratação de um técnico estrangeiro, como Josep Guardiola, ex-Barcelona, preferiu a solução “caseira” por ser mais experiente em futebol de seleções.
“Um técnico estrangeiro merece nosso respeito por qualidade e conhecimento, eu o conhecia como técnico de equipe, e não de seleção, o que é totalmente diferente. Isso não diminui o respeito a esse treinador conhecido internacionalmente como grande treinador e endosso suas qualidades”, disse Marín.