Arena Amazônia, um dos palcos da Copa do Mundo de 2014
Cerca de 1,8 mil operários trabalhavam na noite da última terça-feira (10) em ritmo acelerado para tentar concluir até meados de janeiro as obras da Arena da Amazônia, em Manaus, que receberá quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
O coordenador da Unidade Gestora do Projeto Copa (UGP-Copa) no Amazonas, Miguel Capobiango, disse que as obras internas do estádio serão concluídas em um prazo de dez dias, mas a cobertura estará pronta apenas em 15 de janeiro, dia no qual está prevista a inauguração.
A cobertura pesa 6,7 mil toneladas e é composta por uma estrutura de ferro e uma membrana translúcida inspirada no formato das cestas de palha dos índios locais.
A estrutura metálica, construída em Portugal, já foi concluída, e os operários se empenham agora em instalar as placas da membrana translúcida, que foram fabricadas na Alemanha.
Capobiango explicou à Agência Efe que a cobertura foi feita por uma siderúrgica portuguesa porque as brasileiras estão trabalhando a plena capacidade e não poderiam fabricá-la a tempo.
Os operários também instalavam nesta terça-feira parte dos 42 mil assentos, laranjas e vermelhos, que estão dispostos em dois níveis de arquibancadas, além de nas instalações elétricas, pintura e acabamento das dependências internas do estádio.
A construção da Arena da Amazônia exigiu um investimento de R$ 605 milhões, segundo os responsáveis pelo projeto. No último domingo, a Fifa anunciou no último domingo uma mudança de horário em três jogos que acontecerão no local, todos para as 19h (de Brasília) devido ao forte calor.
O ex-jogador paraguaio Romerito, que disputou uma partida em Manaus em 1980 defendendo o Cosmos, reconheceu que as condições calor e umidade da região são ruins, mas lembrou similares às de outros países.
“As condições são horríveis, mas não são desculpa”, disse Romerito junto ao gramado da Arena da Amazônia, onde recordou o amistoso entre Cosmos, com Beckenbauer, Chinaglia e Carlos Alberto Torres, e Fast Clube, que terminou empatado em 0 a 0. A partida aconteceu no estádio Vivaldão, demolido para a construção da Arena da Amazônia, e reuniu cerca de 70 mil pessoas.