O Comitê Olímpico Internacional (COI) aconselhou neste sábado as futuras sedes e candidatas a abrigar os Jogos Olímpicos que adaptem as lições positivas de Londres 2012 a seus contextos locais.
Essa foi a principal mensagem do diretor-executivo dos Jogos Olímpicos, Gilbert Felli, na cerimônia de inauguração da apresentação do relatório oficial de Londres 2012 realizada no Rio de Janeiro.
O seminário, que se prolongará até quarta-feira, conta com representantes da Rio 2016, dos Jogos de Inverno de Sochi 2014 (Rússia) e de PyeongChang 2018 (Coreia do Norte) e das três candidatas a abrigar as olimpíadas de 2020: Madri, Istambul e Tóquio.
Felli considerou que Londres, “de qualquer ângulo foi muito bem-sucedida”, embora tenha opinado que muitas das respostas aos problemas na organização dos Jogos “dependem do contexto local”.
A diretora do COI encarregada da Rio 2016, Nawal El Moutawakel, leu uma mensagem do presidente da organização, Jaques Rogge, no qual pediu à cidade brasileira para aplicar essa lição.
Nawal afirmou que “adotar e adaptar” as lições de Londres às circunstâncias locais é “particularmente importante” para o Rio, tendo em vista seu contexto diferente e porque lhe cabe melhorar o bom papel de seus antecessores.
A representante do COI avaliou que em Londres os estádios estavam cheios, houve recordes de audiência na televisão e na internet, entre outros aspectos positivos.
“O sucesso não aconteceu por acidente, Londres criou uma firme visão do que queria fazer nos Jogos e depois dos 16 dias de competição”, afirmou a responsável do COI.
O Rio de Janeiro assumiu o bastão por meio do presidente do comitê organizador local, Carlos Arthur Nuzman, que afirmou que a cidade brasileira se servirá do evento esportivo para realizar “a maior transformação” que uma sede pode realizar por ocasião dos Jogos.
Na mesma linha, o prefeito de Rio, Eduardo Paes, disse que o exemplo que Rio aspira a seguir é a “grande mudança” que Barcelona realizou em 1992, embora tenha assegurado que superar Londres será um “trabalho difícil”.
O vice-ministro do Esporte, Luis Fernandes, disse que o Governo pretende se servir dos Jogos e da Copa do Mundo de 2014 para desenvolver a infraestrutura do país e “promover desenvolvimento social”.
O responsável do comitê organizador de Londres 2012, Sebastian Coe, recomendou às futuras sedes que não esqueçam de outorgar aos atletas o lugar “central” dos Jogos.
“Viemos para compartilhar as coisas que saíram bem, as que nem tanto e as que poderíamos ter feito diferente se tivéssemos uma segunda oportunidade”, afirmou Coe em relação a estas sessões de apresentação do relatório oficial.