O que você é capaz de fazer em 15 minutos? A equipe do São Paulo soube aproveitar muito bem esse curto espaço de tempo, ontem, no clássico com o Corinthians. Aliás, não sei se essa palavra é adequada, afinal, um clássico no futebol normalmente é equilibrado, bem disputado e com respeito de ambas as partes. Uma partida sem muita emoção, que viu seu rumo modificado nos pés de um goleiro. Rogério Ceni, estreando a nova camisa, também foi eficiente na cobrança de falta, origem do primeiro gol tricolor. Deu trabalho a Rubinho, que vem atuando de maneira satisfatória, com grandes defesas. A partir daí, torcedores poderiam esquecer os 75 minutos iniciais. O jogo era outro. Mais rápido e com lances bonitos, embora apenas de um lado do campo, é verdade. Só o São Paulo atacou com firmeza. A falta de habilidade e a insegurança dos jovens garotos do alvinegro paulista foram fatores fundamentais para que, em dois jogos consecutivos, o Corinthians somasse um saldo de seis gols sofridos e nenhum marcado (no meio da semana perdeu para o São Caetano, pelo mesmo placar). Não havia criatividade e as jogadas eram previsíveis. Nada mais justo, o time do técnico Roberto Rojas aproveitou a fragilidade do adversário e mostrou que ainda almeja uma vaga na Libertadores da América. Carlos Alberto, um dos jogadores que mais errou passes, muito hostilizado pela torcida, marcou o segundo. E para completar o espetáculo, Fábio Simplício deixou sua marca com categoria e marcou um belíssimo gol de calcanhar. Até Ricardinho foi aplaudido. A derrota pode apresentar duas interpretações: humilhante, para os mais fanáticos, e merecida, para os mais sensatos. Não sei se vale a pena lembrar, mas hoje, 13 de outubro, é dia do Torcedor Corinthiano. Motivo para comemorar sinceramente não existe. Mas como a tradição e a garra corinthianas prevalecem (pelo menos fora dos gramados), registro meus parabéns a todos os seguidores do time do Parque São Jorge. Em especial a Rubens Barrichello, vencedor do GP de Suzuka, em que Schumacher sagrou-se hexacampeão.
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