O experiente meia inglês David Beckham rejeitou a proposta do técnico da Inglaterra, Fabio Capello, que ofereceu ao jogador a realização de uma partida de despedida da seleção.
A proposta foi mal recebida pelo atleta, que está chateado com Capello por ter comunicado à imprensa – e não a ele – sua decisão de não voltar convocá-lo por estar “um pouco velho demais”.
Toda a imprensa britânica destaca nesta sexta-feira a chateação de Beckham ao receber a notícia, destacando que, em várias ocasiões, ele disse que não vai deixar voluntariamente a seleção enquanto for um jogador profissional.
Aos 35 anos, o hoje jogador do Los Angeles Galaxy não participou daquela que seria sua quarta Copa do Mundo, na África do Sul, por conta do rompimento de seu tendão de Aquiles durante jogo pelo Milan, clube ao qual estava emprestado, mas esteve no Mundial, como assistente técnico, devido à sua importância para o elenco.
O nome do jogador chegou a ser cotado nas listas para possíveis substitutos de Capello após a decepcionante campanha na Copa, com uma campanha fraca na primeira fase e uma eliminação com goleada para a Alemanha (4 a 1) nas oitavas de final.
Os rumores, porém, foram encerrados com a confirmação de Capello como treinador até 2012, um torneio que Beckham acreditava que poderia disputar, desde as eliminatórias, que começam ainda este ano.
A ideia de Capello e da Federação Inglesa (FA) era fazer com que o jogador se despedisse da seleção em um amistoso que a Inglaterra disputará contra a França em Wembley em novembro, naquela que seria a 116ª partida do jogador pela equipe.
A polêmica em torno de Beckham, que é um dos jogadores mais populares na história do futebol inglês, complica ainda mais a imagem de Capello na imprensa do país. O italiano é acusado de não se comunicar com os jogadores e de não ter tato para tomar decisões importantes.
O tablóide “The Sun” afirma que Capello ficou três dias sem falar com os jogadores antes do amistoso contra a Hungria, na última semana, e os atletas temem que ele tenha perdido o interesse em dirigir a equipe.
Uma fonte próxima aos jogadores citada pelo jornal afirma que “eles esperavam uma grande reunião da equipe, para que Capello dissesse que é preciso tirar da cabeça o pesadelo do Mundial e se concentrar em reconstruir a equipe”.
“Entretanto, encontraram silêncio. Não falou com eles, não houve um grito para que acordassem. Nada”, afirmou.