O capitão da seleção olímpica britânica de futebol, Ryan Giggs, criou polêmica no Reino Unido ao negar-se a cantar o hino nacional no início das partidas, assim como outros jogadores de origem galesa.

A polêmica voltou ao primeiro plano nesta quarta-feira já que a seleção britânica enfrenta o Uruguai no último jogo da fase de grupos dos Jogos Olímpicos.

Giggs considera que o “God Save the Queen” (“Deus Salve à Rainha”) é mais um hino inglês do que britânico. Nos jogos anteriores, diante de Senegal e Emirados Árabes, o silêncio de Giggs foi acompanhado pelos também galeses Craig Bellamy, Joe Allen, Aaron Ramsey e Neil Taylor, gerando um acalorado debate sobre patriotismo, nacionalismo e identidade no Reino Unido.

A partida de hoje será disputada no Estádio Millenium em Cardiff, capital do País de Gales, onde não seria estranho ouvir vaias vindas da arquibancada durante a execução do hino.

O próprio capitão pediu que os torcedores respeitassem o hino, solicitação reforçada hoje pelo atacante Bellamy.

“Todo hino nacional, mesmo o do seu pior inimigo, dura só um ou dois minutos e é preciso estar em silêncio e demonstrar respeito”, disse o jogador do Liverpool.

A situação não é uma novidade, pois as jogadoras escocesas da seleção de futebol também não o cantam. Porém, por se tratar de uma estrela do futebol mundial, a atitude de Giggs atraiu ainda mais atenção para a questão.
O veterano jogador do Manchester United declarou estar orgulhoso de poder participar dos Jogos, mas não de representar o Reino Unido.

“A possibilidade de competir no maior evento esportivo do mundo era uma oportunidade que eu não poderia rejeitar”, assegurou Giggs, que nunca disputou a fase final de um torneio internacional com o País de Gales.

Assim como a Escócia, Irlanda do Norte e Inglaterra, os galeses têm sua própria federação nacional e competem como equipe independente nos torneios organizados pela Fifa e pela Uefa. 


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Capitão da equipe britânica, Ryan Giggs não canta o hino nacional

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