Chamada pelos íntimos de “Saquá”, Saquarema é a Meca do surf brasileiro. Não há um surfista de terras tupiniquins, e outros muitos do exterior, que não tenha um dia sonhado em se jogar nas ondas perfeitas da praia de Itaúna, que podem chegar a até três metros de altura. Escolhida para abrigar etapas do Campeonato Mundial de Surf e outras importantes competições do esporte, a cidade tem localização privilegiada. Está entre uma belíssima lagoa e o mar do Oceano Atlântico, a apenas 115 quilômetros do Rio de Janeiro.
Mas nem só de Itaúna, também conhecida como o “Maracanã do surf”, vive Saquarema. Há mais sete praias favoráveis à prática do esporte: Vila, Viatur, Boqueirão, Jaconé, Prainha, Barra Nova e Massambaba. Último campeonato abrigado no balneário de pouco mais de 60 mil habitantes, em maio deste ano, o Quicksilver Saquarema Prime 2013 levou uma legião de amantes do esporte para conferir a performance de surfistas como o australiano Mitch Coleborn, campeão da competição – o brasileiro Gabriel Medina ficou em terceiro e Raoni Monteiro, natural de “Saquá”, em quarto. Simão Romão, apoiado pelo programa Bolsa-Atleta estadual, conseguiu a quinta colocação.
Terra dos índios tamoios quando os portugueses chegaram por aqui, a história de Saquarema remonta ao início da colonização. É possível dizer que, do século 16 aos dias de hoje, a natureza em Saquarema foi bastante preservada, na medida do possível. Indústrias poluidoras são proibidas de se instalar dentro da cidade. As águas podem ser claras e repletas de peixes como corvinas, linguados e tainhas, o que faz de algumas praias, especialmente Jaconé, ideais para a prática da pesca esportiva – a despeito do mar sempre violento.
Nos anos 70, tempo em que abrigava os famosos “festivais de surf”, o balneário atraía hippies e entusiastas da natureza de todo o país, e formou mais de uma geração de surfistas. Em Saquarema também está a casa – ou museu – do roqueiro Serguei, que se tornou um verdadeiro símbolo da cidade. Ele batizou o lugar de “Templo do Rock”. Serguei, que foi namorado de Janis Joplin, guarda muitos objetos e fotografias de ídolos do rock e de sua própria vida. Ele recebe pessoalmente os visitantes e curiosos que batem à sua porta.
