A Associação de Jogadores Italianos (AIC) e os clubes da Primeira Divisão da Itália chegaram a um acordo sobre o convênio coletivo dos jogadores, o que possibilitará o início do Campeonato Italiano no próximo final de semana com os jogos da segunda rodada.
A renovação do convênio coletivo era a exigência dos jogadores para voltar aos campos e a falta de acordo entre as partes tinha levado à convocação de uma greve que impediu a disputa da primeira jornada nos dias 27 e 28 de agosto.
Da assinatura do acordo participaram o presidente da Liga Italiana, Maurizio Beretta, e o presidente da AIC, Damiano Tommasi, que na saída da reunião detalhou que não se trata de um “acordo-ponte”, como vinha sendo dito nos últimos dias, mas “um ponto de partida” que voltará a ser discutido no próximo dia 30 de junho.
“É importante jogar com um convênio coletivo assinado. Substancialmente é o mesmo acordo de um ano atrás, mas com uma mudança na data de caducidade”, explicou o presidente da AIC.
Beretta, por sua parte, se mostrou contente com o resultado da negociação e reconheceu que “os clubes obtiveram muito daquilo que queriam”.
O acordo, que chega após várias semanas de negociação, inclui os seis pontos do convênio nos quais já existia consenso e, além disso, abre a porta para a discussão do controvertido artigo 7, pelo qual a Liga permitia aos clubes decidir unilateralmente que um jogador treine separadamente do resto do elenco.
Esta medida topou com a oposição da AIC, que considerava que poderia levar a “discriminações”.
Por outro lado, o segundo ponto sobre o qual a Liga e a AIC não conseguiam alcançar um acordo era o chamado “imposto de solidariedade”, mas nos últimos dias deixou de ser um motivo de discussão, uma vez que o Governo decidiu não introduzir o encargo.
O imposto pretendia taxar com 5% adicionais as rendas superiores a 90 mil euros e com 10% as que excedessem 150 mil euros, motivo pelo qual a Liga e os jogadores não encontravam um acordo sobre quem devia assumir o pagamento da taxa.
