<p>Nesta semana, o Internacional e o Palmeiras vão à Argentina jogar contra, respectivamente, Boca Juniors e Argentinos Juniors, enquanto o Botafogo recebe no Rio de Janeiro mais um time de hermanos, o Estudiantes. O Palmeiras não esconde que a competição é um estorvo para o time, que prefere dedicar-se à reta final do Campeonato Brasileiro, enquanto o Internacional chegou a jogar pelo Brasileirão só com reservas contra o São Paulo no último fim de semana para concentrar esforços no Boca. O Botafogo, enquanto isso, faz o que pode para equilibrar-se entre as duas competições.</p>
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<p>Mas uma coisa é certa: ninguém gosta de dar mole para argentino. Ao longo das décadas, Brasil e Argentina estabeleceram-se como as duas maiores forças do futebol sul-americano e construíram uma rivalidade que tem momentos de violência, de dramaticidade, de jogos inesquecíveis e a disputa entre Pelé e Maradona. Mesmo a gente sabendo que para superar o Maradona não precisa de Pelé, o Zico já resolve, o Virgula separou momentos em que representantes dos dois países levaram para o gramado essa relação:</p>
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<p><strong>Flamengo 3 x 0 Velez Sarsfield (1995)</strong></p>
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<p>O "ataque dos sonhos" formado por Sávio, Romário e Edmundo derrapou. Mesmo assim, Romário e Edmundo protagonizaram pelo menos uma cena inesquecível com o uniforme do Flamengo: no dia 3 de outubro daquele ano, em jogo contra o Velez Sarsfield pela Super Copa da Libertadores, Edmundo e o zagueiro Zandona se estranharam e Romário entrou voando com o pé no peito do argentino para defender o companheiro. Começou a pancadaria e até o técnico do Flamengo, o radialista Washington Rodrigues, o Apolinho, entrou na briga e depois proclamou que o time ganharia, fosse no campo, fosse na porrada. O rubro-negro vencera a primeira partida por 3 x 2 na Argentina e terminou aquela com outra vitória, por 3 x 0.</p>
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<p>Momento a ser observado no vídeo: 14 segundos. Como é que Edmundo, experiente em confusões, dá as costas para um zagueiro argentino?</p>
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<p><strong>São Paulo 1 x 0 Newell’s Old Boys (1992)</strong></p>
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<p>É engraçado pensar hoje que, menos de vinte anos atrás, o São Paulo era um clube que tinha lá formado seus belos esquadrões e já tinha três campeonatos brasileiros, mas pouca expressividade internacional. Mas não foi só isso que mudou com a conquista da Libertadores de 1992 pelo grupo comandado por Telê Santana. O próprio futebol brasileiro, que não ganhava uma Copa do Mundo desde 1970, tinha seu prestígio combalido. As conquistas dos Mundiais pelo Flamengo e Grêmio em 1981 e 1983 haviam ameaçado modificar isso, mas os fracassos nas copas de 1982, 1986 e 1990 derrubaram o ânimo. Após o São Paulo derrubar nos pênaltis os argentinos Newell’s Old Boys, foram sete Libertadores conquistadas por clubes brasileiros, quatro das quais renderam também títulos de Mundial Interclubes. Não só: das quatro Copas do Mundo subsequentes, o Brasil esteve em três das finais e ganhou duas.</p>
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<p>Momento a ser observado no vídeo: 3 minutos. Raí faz, de pênalti, o gol que dá ao São Paulo a vitória no tempo normal, mas o time quer reiniciar logo o jogo. O goleiro argentino segura a bola e lá vem confusão.</p>
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<p><strong>Boca Juniors 3 x 0 Grêmio (2007)</strong></p>
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<p>Quando o Grêmio voltou à Série A, em 2006, voltou forte e logo conquistou uma vaga para disputar a Libertadores do ano seguinte. Na campanha para chegar à final, passou por adversário temidos como o São Paulo e por outros a que ninguém ninguém dava bola, mas que se revelaram encardidos, como o Defensor, que antes eliminou o Flamengo e o Santos. O volante Lucas consagrou-se junto à torcida, mas, quando chegou a final diante do Boca Juniors, não deu mais. A primeira partida, na Bombonera, foi 3 x 0 para os hermanos, com show de Riquelme. No jogo de volta, em Porto Alegre, deu Boca de novo, dessa vez por 2 x 0.</p>
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<p>Momento a ser observado no vídeo: 18 segundos. Onde terá ido parar essa bola depois desse chute de Tcheco?</p>
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<p><strong>River Plate 1 x 1 Vasco da Gama (1998)</strong></p>
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<p>O Vasco já não tinha mais Edmundo, herói da conquista do Campeonato Brasileiro do ano anterior, mas a boa fase seguia e jogadores como Donizete e Luisão tiravam onda de craque, além da presença de Mauro Galvão na zaga e Felipe, ainda lateral esquerdo. Mas a força daquele time estava mesmo no meio de campo, formado Luisinho, Nasa, Pedrinho e Juninho Pernambucano. Foi Juninho que, no Monumental de Nuñes fez um golaço de falta que praticamente garantiu a Libertadores para o time, pois todo mundo sabia que o Barcelona de Guayaquil, adversário da final, não era exatamente uma potência. Por isso, o campeão sairia daquela semifinal.</p>
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<p>Momento a ser observado: 4 segundos. Além de voar em vão para tentar alcançar a bola de Juninho, o goleiro do River ainda se estatela no chão e esbarra na trave de um jeito que parece bastante dolorido.</p>
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<p><strong>Santos 3 x 1 Boca Juniors (1963)</strong></p>
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<p>Antes de vencer o Benfica para consagrar-se bicampeão mundial como talvez o maior time da história, o Santos precisou vencer a Libertadores. O adversário, o Boca Juniors, não estava a fim de facilitar e sabia que o homem a ser parado era Pelé, já reconhecido mundialmente como o Rei do Futebol. Como fazê-lo, então? A maneira tentada foi uma verdadeira caçada em campo, acompanhada por gritos racistas da torcida. Quando Sanfillipo abriu o placar, parecia que podia dar certo, mas não foi o caso. O Santos virou o jogo, com gols de Coutinho e de Pelé, que calou o estádio aos 37 do segundo tempo.</p>
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<p>Momento a ser observado: 42 segundos. A perseguição a Pelé em campo era tanta que o Rei tem que recolocar o calção, arrancado por um marcador desesperado.</p>
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<p><strong>Brasil 4 x 1 Argentina (2005)</strong></p>
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<p>Como tantas outras vezes, o Brasil começou aquela Copa das Confederações sob desconfiança, com resultados constrangedores. Classificou-se na primeira fase com uma derrota para o México, um empate suspeito com o Japão e uma vitória sobre a Grécia, até que uma vitória sobre a Alemanha, dona da casa, mostrou que talvez houvesse jeito. Aí veio a final contra a Argentina. Adriano abriu o placar com um golaço e seguiu-se um baile em que ele ainda marcou mais um (que corou uma troca de bola com olé; os outros dois foram de Kaká e Ronaldinho Gaúcho) e garantiu a posição de titular na Copa do Mundo do ano seguinte, após entrar no time só para suprir a ausência de Ronaldo. Certo, esse jogo não é entre clubes, mas nunca é demais ver, né?</p>
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<p>Momento a ser observado: 1 minuto e 37 segundos. Certo, o gol de Kaká foi lindo, mas e essa jogada de Cicinho e Robinho, hein?</p>
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<p>Leia mais: <a href="http://www.virgula.me/esportev2/nota.php?nota=27171">Palmeiras e Botafogo são eliminados da Copa Sul-Americana</a></p>
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